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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXIX

A DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA SE CONCRETIZA (Gn 19.24-38)

O julgamento que Deus operou sobre Sodoma e Gomorra serve de alerta para toda a humanidade. Pois foi prometido antes e só escaparam aqueles que acreditaram a Palavra de Deus. Os homens daquela região e época não deram ouvidos para a mensagem de Deus, e eles acreditando ou não a mensagem se cumpriu. Nos dias de hoje não é diferente, existe uma promessa de um julgamento sobre esta terra. Porém os homens de hoje não dão ouvidos para a Palavra de Deus que promove um livramento para os que nela confiam. Esses homens surpresos ficaram quando verem a justiça de Deus imposta sobre os habitantes da Terra.

O Julgamento (Gn 19.24-25): O julgamento destas cidades permanece como um tipo, exemplo, do julgamento final que Deus exercerá sobre os ímpios (Judas 7). Mesmo hoje, esta área é um lugar quente e miserável, coberta de escavações de betume. Os restos de Sodoma e Gomorra, segundo estudos arqueológicos, parecem estar sob o fundo raso do Mar Morto. Toda a área parece guardar marcas do juízo efetuado por Deus. Vamos nos lembrar que estas cidades têm um encontro marcado com Deus no futuro (Mt 11.24). Nenhum julgamento nesta vida é comparável com o julgamento final. Ou seja o julgamento deles ainda não terminou.

A Mulher de Ló (Gn 19.26): O coração da mulher de Ló nunca deixou Sodoma. Por causa de sua hesitação e demora, ela foi submetida ao julgamento, sendo então coberta com sal e minerais. Ela permanece como um aviso para aqueles que têm o coração dividido entre fugir do pecado e buscar a Cristo (Lc 17.32). O verdadeiro convertido se refugia em Cristo (Hb 6.18).

O Intercessor (Gn 19.27-29): Que contraste! Enquanto Ló estava fugindo da destruição e perdia tudo o que possuía, Abraão observava do seu lugar de comunhão com Deus. Aqui fica evidente a vantagem de ser espiritualmente consagrado. O salvo só tem a perder quando se embaraça com este mundo. Podemos notar também aqui, o poder da oração intercessora. O versículo 29 declara que o livramento de Ló estava ligado ao relacionamento entre Deus e Abraão.

A Desgraça de Ló (Gn 19.30-38): Que terrível desperdício e prejuízo o pecado produz. A vida de Ló se tornou em um desastre após o outro. Os Cristãos não podem perder a sua alma, mas certamente podem desperdiçar suas vidas e perder suas famílias. O incesto é enfaticamente denunciado em muitas passagens bíblicas (cf. Lv 18:6; 20:17). De fato, o Senhor declarou: "Maldito aquele que se deitar com sua irmã, filha de seu pai, ou filha de sua mãe" (Dt 27:22). Contudo Ló cometeu incesto com suas duas filhas, do qual resultaram as nações de Moabe e Amom, Por que Ló não é repreendido?
Não há dúvida alguma de que Ló pecou de diversas maneiras, para não dizer nada quanto à violação das leis do incesto que mais tarde Moisés deu como mandamentos a Israel. Ló embebedou-se e pecou com suas duas filhas. A alma reta dele tinha sido perturbada com os muitos pecados por sua longa permanência junto com o povo de Sodoma. Mas nenhum desses pecados recebe aprovação nesta passagem. De fato, a narrativa seca do episódio, sem nenhum comentário positivo do escritor, indica que não se pretendeu esconder o horror desses pecados. Eis aqui um bom exemplo do princípio de que nem tudo que a Bíblia narra ela aprova. As filhas de Ló tinham muitas desculpas para a conspiração pecaminosa que empreenderam. Elas foram oferecidas pelo próprio pai a uma multidão de homens insanos. Elas não tinham nenhuma esperança de maridos. Os filhos eram uma proteção para os velhos e sem eles o nome da família desapareceria, pois não haveria descendentes. O pecado delas teve prosseguimento, e foi motivado pela falta de fé de que Deus iria suprir suas necessidades, e também pela ausência de padrões morais. Os filhos deste incesto foram os ancestrais de duas nações (Moabitas e Amonitas) que se tornaram um problema habitual para Israel.

Há muitas lições em tudo isso:
A. A vida que não é vivida de acordo com a direção de Deus, é como desmoronar montanha abaixo.

B. Se nós criamos nossos filhos da mesma maneira que o mundo cria, não devemos nos surpreender se eles aprenderem os caminhos do mundo.

C. A embriaguez é um grande pecado que abre a porta para pecados ainda maiores.

D. O fruto da vida de um Cristão carnal freqüentemente produz muitas tentações e provas para aqueles que estão tentando obedecer a Deus. Tal comprometimento deixa muitos "Moabitas e Amonitas" em torno daqueles que no futuro servirão a Deus, e que com certeza, terão o objetivo de impedi-los.

Conclusão: Que a vida que Ló levou sirva para nós de exemplo para não agirmos de forma a não levar em conta a vontade de Deus. Ló é o exemplo claro de um cristão carnal que vive de acordo com seus próprios desejos. Que a Bíblia Sagrada seja sempre o mapa que nos conduz a vontade de Deus.

domingo, 25 de janeiro de 2009

A NATUREZA DIVINA DE CRISTO.

A NATUREZA DIVINA DE CRISTO



Sabemos que nos últimos dois séculos se levantaram diversos estudiosos que tentaram fazer desacreditar das principais doutrinas da fé cristã. Nunca se atacou tanto a fé cristã como nesta época. Questionam a autoridade das Escrituras, a sua inspiração, a historicidade dos Textos Sagrados, a existência de Deus e uma infinidade de outros questionamentos. Porém, existe uma das doutrinas centrais do cristianismo que é afrontada com veemência a milhares de anos. Desde os primeiros anos de fé cristã existem os que negam a divindade de Cristo Jesus. Negar a divindade de Cristo é negar o próprio cristianismo. Não há cristianismo sem que haja uma compreensão correta de quem é Jesus. E uma das coisas que precisamos compreender é que Jesus é Deus.
Desde já quero deixar claro que neste pequeno estudo eu não pretendo tratar do assunto de forma exaustiva e muito menos trazer coisas novas. O assunto aqui tratado será muito familiar para os que estudam as Escrituras Sagradas com seriedade e procurarei ser objetivo para que qualquer um que ler o texto possa entender. Darei alguns pontos que nos ajuda a compreender a verdade acerca de Cristo e sua divindade.
Primeiramente devemos entender que para que alguém seja considerado Deus deve preencher alguns requisitos que somente Deus poderia ter, a saber: eternidade, ser o criador de tudo, onipotência, onipresença, onisciência, dignidade para ser adorado, perdoar pecados etc...
Todas estas características são consideradas como Atributos Incomunicáveis de Deus, ou seja, são atributos, características, que Deus não compartilha com ninguém, pois somente Ele pode possuir tais atributos, portanto se Jesus possuir tais atributos Ele é Deus. É o que passaremos a considerar a seguir. Porém antes de tudo deve-se entender que acreditar na divindade de Cristo não é crer na existência de dois deuses, pois as Escrituras nos declaram que existe apenas um Deus verdadeiro (Dt 6.4), que este Deus único é composto de três pessoas distintas Pai, Filho e Espírito Santo, pois a Bíblia atribui divindade aos três (1Co 8.6; Tt 2.13; At 5.3-4). Portanto não acreditamos na existência de outro deus.
Passemos agora a analisar esses atributos em Jesus e considerar o por que Ele é Deus.


1º - Jesus é Deus porque Ele é eterno: Como já citamos acima, eternidade é um dos atributos incomunicáveis de Deus. Só Deus é eterno. Ser eterno é não ter inicio nem fim. Deus é eterno porque nunca houve uma época em que Ele não existiu (Sl 90.2). E este mesmo atributo esta sobre Jesus. Em Isaías 9.6, que é uma profecia Messiânica declara que o Messias esperado seria chamado de “Pai da Eternidade”[1]. Em Miquéias 5.2 diz que o que as suas “origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”[2], ou seja Ele, Jesus, não veio a existir quando Maria se achou grávida, ali foi a encarnação de Deus. Ele se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1-14). Ele já existia desde a eternidade passada. Veremos também alguns textos no Novo Testamento que provam a eternidade de Jesus. Em Hebreus 7.3 em uma comparação de Melquisedeque com Jesus afirma que: “Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, feito semelhante ao Filho de Deus, ele permanece sacerdote para sempre”[3]. Em Romanos 9.5 a Bíblia chama Jesus de “Deus bendito eternamente”[4]. Com estas referências bíblicas não temos outra opção a não ser declarar que Jesus é eterno e se é eterno é Deus. Mas o texto que mais me chama a atenção é o que está no Evangelho escrito por João 8.58 onde está escrito assim: “Respondeu Jesus: ‘Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!’[5]”, veja que coisa interessante Jesus disse, demonstrando ter consciência de sua própria eternidade, Ele usa um evento do passado “antes que Abraão nascer” para fazer referência a Ele mesmo usando um verbo no presente “Eu sou”, Jesus pode afirmar isso pois eternidade não é um tempo e sim um estado. Não há presente, passado e futuro na eternidade. Ser eterno é esta fora do tempo é um “presente” eterno (2Pe 3.8). Por isso Ele usa um evento no passado e refere-se a Ele no presente. Isso demonstra que Jesus enquanto andava neste mundo tinha plena consciência de sua eternidade.


2º - Jesus é Deus porque Ele é Criador: A Bíblia Sagrada é enfática ao declarar logo no inicio que Deus é o criador de todas as coisas: céu, terra, seres vivos e o ser humano. Em Gênesis 1.1 é declarado: “No princípio criou Deus os céus e a terra.”, portanto para nós, que cremos nas Escrituras como única verdade absoluta, não há dúvida que Deus é criador. E no mesmo capítulo existe uma declaração interessante: “Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26). Com quem que Deus Pai realiza a obra da criação? Quando analisamos a Bíblia iremos chegar a uma conclusão de que Jesus participou desta obra. Primeiramente deve-se entender que não podem ter sido para os anjos que Deus declarou “façamos o homem” pois em nenhum lugar nas Escrituras há referências sobre anjos como criadores. Mas há uma vasta quantidade de referencias sobre Cristo como criador como por exemplo João 1.3 que diz: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”, nesse texto é claro que tudo que Jesus é criador de todas as coisas. Vemos esta realidade também em João 1.10 que diz: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.”. O apóstolo Paulo também declara esta realidade em suas epístolas, vejamos: Colossenses 1.16-17 “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” Sendo assim se Cristo é criador de todas as coisas então podemos afirmar que Ele é Deus.


3 º - Jesus é Deus porque é Onipresente, Onipotente e Oniscinente: Sabemos através da Palavra de Deus que somente Deus tem todo conhecimento, todo o poder e pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. E em Cristo Jesus encontramos tais características também. Vemos nas Escrituras a sua onipresença citada em Mateus 18.20 que diz: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”. Vemos sua onipotencia em Filipenses 3.21 que diz: “Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” Vemos aqui Cristo sendo descrito por Paulo como aquele que sujeita todas as coisas pelo seu poder. Vemos esta verdade também em Jo 5.19 e Mt 28.18. Vemos a sua onisciencia em João 16.30 que diz: “Agora conhecemos que sabes tudo, e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso cremos que saíste de Deus.”, a onisciencia de Cristo aqui é reconhecida por todos os seus discípulos, vemos o mesmo fato em Jo 2.25; Mt 9.4; Mc 2.6-8. A onisciencia de Cristo sonda até mesmo os pensamentos e intenções do coração humano. Se Jesus tem, como já vimos que tem, os atributos de onipresença, onipotencia e onisciencia então podemos dizer que Ele é Deus, pois só Deus o é.


4º - Jesus é Deus porque é digno de ser adorado: Na minha opinião este é o argumento mais forte acerca da divindade de Cristo. Podemos analisar as Escrituras e sem muito esforço chegaremos a conclusão de que somente Deus é digno de ser adorado, pois tal tema é vasto dentro das escrituras. Não nos falta textos para provar a dignidade de Deus ser adorado, por isso é Deus, pois só Ele pode ser adorado. Inclusive o próprio Jesus quando foi levado ao deserto para ser tentado pelo diabo declarou: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” (Mt 4.10). Mostrando assim a conciência que tinha a cerca da dignidade de adoração somente a Deus. Porém pouco tempo depois Jesus estava descendo do monte das oliveiras com a multidão que ouviu o sermão da montanha e de repente “E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.” (Mt 8.2) se Jesus tinha plena conciência de que somente Deus seria digno de adoração, por que não repreendeu o leproso? Simplesmente porque sabia que Ele mesmo era Deus e assim digno de adoração. Pois se assim não fosse Jesus teria tomado uma atitude louca. Porém Ele recebe aquilo que lhe é devido e não impede o leproso em seu ato de adoração. Esse não é o único caso isolado em que Jesus recebe adoração e em todas as vezes Ele prontamente recebe o que lhe é devido, pois digno é. Diferente dos apóstolos que ao verificarem a menor possibilidade de adoração por parte de outro ser humano prontamente repreendia e se igualava a eles (At 10.25-26). Até mesmo os anjos quando percebem qualquer ato que possa ser de usado na adoração a Deus prontamente repreende tal pessoa (Ap 19.10). Mas com Jesus era diferente, como já vimos. Além destes textos temos também (Ap 5.12; Hb 1.6; Mt 2.2; Mt 9.18; Mt 14.33). Portanto se somente Deus é digno de adoração e Jesus recebeu adoração então podemos exclamar em adoração que Jesus Cristo é Deus Todo Poderoso, amém.


5º - Jesus é Deus porque perdoa pecados: Ao analisar a Bíblia também chegaremos a conclusão de que só Deus pode perdoar pecados (Is 1.18; Is 43.25; Mc 2.7). E em Cristo nós vemos esta realidade, na Bíblia Ele constantemente declara os pecados de pessoas perdoados como em Lucas 7.48 que diz: “E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados.”. Vemos esta mesma realidade no texto de Mateus 9.2 que diz: “E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.”. Vemos na Bíblia constantemente pessoas reconhecendo esta realidade e se prostrando e rogando a grande misericórdia de Deus e recebendo através de Cristo o perdão dos pecados. E se Cristo perdoa pecados e se só Deus pode perdoar pecados podemos então declarar que Jesus é Deus (ver também At 5.31).


6º - Jesus é Deus porque é salvador: Ao estudarmos as Escrituras também chegaremos facilmente a conclusão que somente Deus pode salvar e fora dEle não há salvador (Is 43.11). Se o texto de Isaías está correto, como sabemos que está, então sabemos que fora de Deus não há outro salvador. Portanto qualquer possibilidade de salvação fora de Deus é ilusória e falsa e portanto se Jesus não é Deus a Bíblia não declararia que Ele é salvador com diz em 4.12 “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”. Ora quem está com a razão? Isaías ou Lucas? Isaías diz que fora de Deus não há salvador e Lucas diz que não há outro nome pelo qual possamos ser salvos, que ta certo? O resposta é evidente. Não há contradições nas declarações de Isaías e de Lucas, ambos estão com a razão, pois Jesus é Deus e é salvador. Temos esta mesma declaração em vários versículos da Palavra de Deus como em Tito 3.6; 2Pedro 1.11; 2Pedro 3.18 ; 1João 5.20. É muito claro o ensino bíblico acerca da salvação do ser humano. Não há possibilidade de salvação fora de Jesus, que é Deus. Podemos exclamar mais uma vez que Jesus é Deus porque é o nosso salvador.


7º - Jesus é Deus porque a Bíblia assim o chama em muitos textos: É muito comum vermos a Bíblia se referir a Jesus como Deus, como em Tito 1.13 “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo”, aqui Jesus é chamado de Deus. Vemos também a confissão de Tomé em João 20.28 declarando também que Jesus era Deus, e Jesus não o repreende por assim o chamar, simplesmente pelo fato de ser Ele Deus. E temos muitos outros textos que se referem a Jesus como Deus: João 1.1-3; Cl 2.9.


Conclusão: É meu dever dizer que estas não são as únicas prerrogativas pelas quais declaramos a divindade de Jesus, como antes já disse que não estava com a intenção de esgotar o tema. Porém acredito que os motivos aqui listados são suficiente para que cheguemos a conclusão que de fato Jesus Cristo é Deus Todo Poderoso. Eu me alegro nesta verdade e sem nenhum receio declaro a divindade de Jesus porque Ele é Eterno, Criador de tudo, Onipotente, Onipesente, Oniciente, digno de ser adorado com Deus, perdoa pecador, nosso único salvador e porque a Bíblia centenas de vezes o declara como Deus. A Ele seja a glória, a honra e o louvor.


Referências Bibliográficas:
Pearlman, Myer – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – São Paulo - Ed. Vida 2006
Grudem, Wayne – Teologia Sistemática – São Paulo – Ed. Vida Nova 1999
A Bíblia Anotada – São Paulo - Ed. Mundo Cristão 1994
Stern, David H. – Comentário Judaico do Novo Testamento – Belo Horizonte – Ed. Atos 2008
Todos os textos Bíblicos citados foram extraídos da Tradução de João Ferreira de Almeida Fiel, excepto os que incluem nota que traz a tradução utilizada.



MIS. ALESSANDRO VIEIRA

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXVIII

LÓ RECEBE A VISITA DE DOIS ANJOS QUE ANUNCIA A DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA E LIVRA LÓ ANTES DA DESTRUIÇÃO (Gn 19.1-23)

Em Gênesis 19, temos a conclusão da triste história de Ló. Através da vida de Ló nós podemos ver o quanto um filho de Deus pode perder por tomar decisões erradas e por se embaraçar com este mundo. Ele se casou com uma mulher carnal, e vivia em uma cidade ímpia por razões meramente carnais. Ele acabou perdendo sua família, seu testemunho e sem dúvida nenhuma qualquer galardão no céu. Enquanto o exemplo de Ló permanece como um aviso, não podemos esquecer de que ele era um homem justo. Isto faz ele ser um alerta eficaz ainda mais para os santos. Mesmo aqueles que conhecem a Cristo, podem cometer erros e causar muitos danos, se falharem no dever de vigiar e orar. O relacionamento espiritual de Ló com Deus é provado das seguintes maneiras:
1. A Palavra de Deus declara que ele foi um homem justo (2Pe 2.6-9).

2. Sua alma era afligida e infeliz por estar no meio do mal (2Pe 2.6-9).

3. No final das contas, Deus castigou e livrou Ló de sua situação tentadora (2Pe 2.6-9).

4. Ló queria recepcionar e proteger aqueles homens que ele considerava ser justos.

5. Ló repreendeu o ímpio (Gn 19.7).

6. Ló acreditou no aviso de Deus e tentou admoestar sua família (Gn 19.14).

7. Ló, diferente de sua esposa, se apressou em escapar para fora de Sodoma.

8. Ló orou a Deus (Gn 19.18-19).

A Porta de Sodoma (Gn 19.1-3): No mesmo dia, descrito no capítulo 18, dois anjos vieram à tarde para a cidade de Sodoma. Estes são os mesmos anjos descritos em Gênesis 18:22, e que foram para Sodoma. Como em Gênesis 18, eram vistos como homens comuns. Nas cidades antigas, a porta era o lugar de negócios e ao mesmo tempo de decisões políticas. O fato de Ló se assentar na porta da cidade, nos leva a crer que ele era algum tipo de oficial em Sodoma. É o que parece insinuar o versículo 9.
A verdadeira razão de Ló estar à porta naquela tarde parece ser de procurar viajantes. Talvez ele temia que pessoas decentes e justas passando pela cidade seriam abusadas por não saberem o caráter da cidade. Vendo os anjos, que ele achava ser homens comuns, ele implorou-os que fossem seus hóspedes. Essas atitudes de hospitalidade e de compaixão representam boas qualidades de Ló.

Os Sodomitas (Gn 19.4-5): O vil pecado de sodomia recebeu este nome baseado nas ações destes homens. A palavra "conheçamos" no versículo 5, é um eufemismo para o ato homossexual. O versículo 4 deixa claro que a cidade estava saturada com este estilo de vida. Em Romanos 1.24-28, Paulo nos fala da origem deste pecado. Na medida em que o homem se afasta de Deus, a restrição da graça comum é retirada. Quanto mais a sociedade progride no mal, mais este pecado se torna natural. Agora as grandes capitais, como Sodoma, abertamente declara seu amor a este pecado (Is 3.9). As palavras de Ezequiel 16:49-50 parecem cada vez melhor descrever a nossa nação.

O Protetor Protegido (Gn 19.6-11): Ló tinha um grande senso de responsabilidade por seus hóspedes, e fez tudo o que ele podia para evitar que os homens de Sodoma prosseguissem em seus intentos. Nesta época os homens se sentiam responsáveis pela proteção daqueles que partiam o pão sob o seu teto. O fato de Ló oferecer as suas duas filhas é chocante e repugnante, e ao mesmo tempo mostra como a mulher era tratada naquela época. A sua tentativa acabou falhando. A multidão ficou irritada e por fim decidiu abusar de Ló. Ele deve ter perguntado a si mesmo, porque ele tinha vindo morar em um lugar como aquele. Somente o poder sobrenatural dos anjos pôde salvar Ló. A cegueira da multidão parece ter sido acompanhada de uma confusão mental. Neste momento Ló deve ter reconhecido a natureza sobrenatural de seus visitantes.

Um Aviso (Gn 19.12-14): Deus investigou Sodoma e decidiu que o momento do seu julgamento já havia chegado (Gn 18.20-21). Quando a perversão sexual e a violência se tornam explícitos, o julgamento está próximo. Ló foi avisado para tirar toda a sua família de Sodoma. Suas filhas mais velhas haviam se casado com homens de Sodoma e também viviam na cidade. O seu aviso não foi levado a sério. Aparentemente os genros de Ló não tinham respeito nenhum pelo testemunho dele. O sobrenatural não parecia real para a família de Ló.

O Livramento de Ló (Gn 19.15-16): Verdadeiramente o Senhor sabe como livrar o justo (2Pe 2.6-9). Deus não destruiria o justo juntamente com o ímpio. A justiça de Deus é reta. (Sl 89.14; Dt 32.4)

A Paciência de Deus com Ló (Gn 19.17-23): Nós ficamos perplexos com a estupidez e a lentidão de Ló. Ainda pensando em conforto físico, ele desejou ir para uma pequena cidade em vez de ir para as montanhas. Ele nunca parou para considerar que Deus sabia o que era melhor? Temos o sério problema de querermos ser sábios acima da sabedoria de Deus. Devemos sempre lembrar que os projetos de Deus são sempre os melhores. Por isso podemos aceitar a vontade de Deus mesmo que não a compreendamos. A paciência de Deus é bem evidente neste caso. O Senhor concordou com o pedido de Ló e poupou a cidade pequena por causa dele. Talvez nós deveríamos refletir mais a respeito da paciência de Deus para conosco. Quantas vezes provamos a paciência de Deus? Acredito que constantemente provamos de sua sublime e maravilhosa paciência, pois Ele não nos trata segundo o que merecemos mas segundo a sua misericórdia que é imensa. (Lm 3.22; Tt 3.5)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

COM QUEM CAIM CASOU?

Na Bíblia Sagrada existem muitos textos que se não forem lidos e estudados de uma forma especial, não se entenderá de uma forma correta. E um desses textos é acerca da questão da esposa de Caim, pois até o ponto de Gênesis 4.17, só é mencionado apenas quatro pessoas, a saber: Adão, Eva, Caim e Abel, este ultimo que foi morto pelo seu irmão, Caim, onde se dá o primeiro homicídio da história da humanidade (Gn 4.8).
Ora, se a Bíblia menciona apenas estas quatro pessoas, e que uma delas foi assassinada, com quem que Caim se casou? Quem era a sua esposa? Será que Deus criou outros seres humanos na face da terra em lugares diferentes? E será que Adão e Eva não foram os únicos seres humanos criados por Deus? Se a resposta a estas perguntas fossem positivas então teríamos uma contradição nos textos sagrados da Bíblia, pois veja o que a Bíblia diz em Atos 17.26 “De um só fez ele todos os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar.” De acordo com este texto observamos que a Bíblia declara que o ser humano foi criado um só, apenas Adão, e desse todos os outros vieram a existir. Então a teoria de que Deus criou outros seres em outras partes da terra não tem uma base bíblica sólida. Então com quem Caim se casou? É a pergunta que não quer calar. Mas é para isso que estou escrevendo este breve artigo, para dar uma resposta a esta questão, de acordo com o que eu acredito que aconteceu e com base bíblica para tal.
Observemos então as seguintes declarações:
1º - Não são registrados nas Escrituras os nomes de todos os filhos de Adão, e geralmente em uma genealogia não eram mencionados os nomes de mulheres.
2º - Somente o nome de três filhos do primeiro casal são mencionados na Bíblia, a saber, Caim, Abel e Sete.
3º - A Bíblia não declara a quantidade de filhos que Adão teve com Eva, só diz que foram muitos, filhos e filhas Gn 5.4
4º - Quando Adão teve seu filho Sete ele tinha 130 anos, e seria impossível terem apenas 3 filhos, visto que Deus deu uma ordem para que frutificassem Gn 1.28.
5º - A Bíblia não diz que Caim era o primeiro filho do casal, Adão e Eva, e sim o primeiro varão, ou seja, o primeiro filho homem. Tiro essa conclusão da declaração de Eva quando ver Caim nascendo “E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um varão.”(Gn 4.1). Com esta declaração nos abre uma grande janela para a compreensão deste problema, pois se Eva louva a Deus pelo fato de dar a luz a um varão, homem, é evidente que ela teria já concebido filhas, mulheres.
6º - A Bíblia não diz que Caim conheceu sua mulher, no sentido de encontra-la, na terra para a qual ele fugiu, e sim que ele teve relações sexuais com ela naquela terra, pois o termos que encontramos em nossas traduções, como na João Ferreira de Almeida revista e corrigida como “conheceu” pode ser traduzida, como foi na NVI, por “teve relações”, ou ainda por “coabitou”, como esta traduzida na João Ferreira de Almeida revista e atualizada.
CONCLUSÃO: No entanto entendemos que em 130 anos, quando chegou o momento de Cain sair da presença de seus pais e partir para uma outra terra, Adão e Eva teriam cumprido a ordem de Deus para que crescessem e frutificassem, com isso não é difícil compreender que Caim teria como mulher uma de suas irmãs e até mesmo poderia ser provável que poderia ter se casado com uma de suas sobrinhas, filha de Abel, que ele teria matado. Pois é possível que Abel antes de morrer teria se casado e deixado descendentes, lógico que neste ponto não podemos afirmar com certeza, pois a Bíblia silencia quanto a isso, e para seguir o conselho de Paulo em 1Co 4.6, de não ir “além do que está escrito”, podemos afirmar que Caim se casou com uma de suas irmãs ou sobrinhas mas não com certeza, mas que de duas uma isso sim.

CONVITE PARA SOFRER!

SERÁ QUE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A ACEITAR O CONVITE DO EVANGELHO?

DE UMA OLHADA NESTE VIDEO.






O QUE ACHOU?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE.

ACHEI ESTE VIDEO MARAVILHOSO.

A MENSAGEM NELE ANUNCIADA POR JOHN PIPER É A MESMA COISA QUE EU SINTO PELA TAL TEOLOGIA DA PROSPERIDADE.

PARE DE DE UMA OLHADINHA, VALE A PENA.







E AI?

GOSTOU?

TIRE SUA CONCLUSÃO!

JÁ FAZ ALGUM TEMPO QUE EU QUERIA COLOCAR ESTES VIDEOS AQUI. E HOJE DECIDI COLOCAR PARA SABER A OPINIÃO DOS MEU QUERIDOS IRMÃOS SOBRE ELES. QUE CADA UM TIRE A SUA CONCLUSÃO. ACHO QUE VALE A PENA PARAR PARA PENSAR SOBRE O ASSUNTO TRATADO NESTES VIDEOS.

ASSISTA ATÉ O FINAL.


PRIMEIRA ESTREVISTA.




SEGUNDA ENTREVISTA.




E AI? O QUE VOCÊ ACHOU?

COMENTE.

A IMAGEM DIZ TUDO O QUE QUERIA EU DIZER.





E VOCÊ JÁ FAZ PARTE DESSE MOVIMENTO?

OU AINDA NÃO CANSOU DE SER ENGANADO?

UM HOMEM DENTRO DE UM BURACO!

EU VI ESTE VIDEO E GOSTEI MUITO. ACHO QUE VALE A PENA DAR UMA OLHADA.


DEPOIS COMENTEM COMIGO SOBRE ELE.


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXVII

DEUS APARECE PARA ABRAÃO E LHE FALA SOBRE SUES PLANOS (Gn 18.1-33)

Quanto mais estudamos a vida de Abraão, mais nós ficamos impressionados com a variedade de lições e verdades que extraímos dela, e que podem ser de grande valor para a nossa jornada espiritual.

Uma Teofania (Gn 18.1-8): Deus tem através da história aparecido de muitas maneiras para o Seu povo (Hb 1.1). As várias aparições de Deus no Velho Testamento são chamadas de Teofanias. No Velho Testamento, Deus aparecia somente em forma de homem. Na encarnação, Cristo não só tomou a forma de homem, como também permaneceu sendo Deus (Fl 2.6-11).
Alguns têm tentado ver nestes três homens uma alusão a Trindade. Isto é ir longe demais. Enquanto um dos "homens" era o Senhor [vers. 1, 13, 17, 22, 31], os outros dois eram apenas anjos (Gn 19.1).
Ao levantar a sua cabeça, Abraão notou a aparência destes três homens. Imediatamente ele demonstrou respeito e ofereceu sua hospitalidade. Nós só podemos imaginar como é que Abraão notou alguma coisa de especial nestes homens. Não há duvidas de que eles haviam uma dignidade nas suas aparências.
Note agora as duas lições que podemos aprender do exemplo de Abraão:
A. A Importância da Hospitalidade. A atitude de Abraão é um grande exemplo da hospitalidade Cristã (Hb 13.2). A hospitalidade é um dever amplamente esquecido hoje, mas freqüentemente ensinado nas Escrituras (Mt 10.42; At 4.34-35; 1Tm 3.2). A nossa hospitalidade deveria ser exercida especialmente para com o povo de Deus. (A hospitalidade Cristã não nos impede de tomar os devidos cuidados nos negócios com estranhos). Alguns também se tornam indignos da hospitalidade (2Ts 3.10).
B. A Fé na Providência [vers. 5]. Abraão acreditava que Deus controlava os eventos de sua vida. Enquanto ele não sabia a razão daqueles homens estarem lá, ele havia aprendido que nada acontece por acaso. Nós também deveríamos crer o que os eventos de nossa vida estão sob o controle providencial de Deus.

Uma Mensagem de Deus (Gn 18.9-15): Enquanto eles estavam comendo, um dos homens repentinamente perguntou a respeito de Sara. O fato de o estranho conhecer o seu nome (seu novo nome - Gênesis 17.15) deve ter alertado Abraão de que quem estava falando era Deus. O Senhor então repetiu a promessa de que Sara teria um filho. Pelo fato do protocolo não permitir que Sara se misturasse com aqueles estrangeiros, não é surpresa a encontrarmos sentada em um lugar onde não seria vista, mas que pudesse ouvir a conversa. Ela estava curiosa a respeito destes distintos hóspedes. Ao ouvir que ela teria um filho, riu consigo mesma. Não somente ela havia passado da idade de poder gerar um filho, como Abraão com noventa e oito anos, já estava longe de poder exercer a paternidade (Rm 4.19). Grande foi a sua consternação quando ela percebeu que o estranho soubera de sua risada silenciosa. Ela imediatamente notou que estes estranhos eram especiais. Em seu temor ela negou ter dado risada. Esta atitude recebeu uma pronta e imediata repreensão [vers.15].
Como a nossa falta de fé ofende ao Senhor. Que pergunta Deus faz no versículo 14! Que nós possamos viver nossas vidas como aqueles que sabem que não há nada difícil demais para o Senhor. Perceba que na repreensão do Senhor [vers.14] Ele simplesmente repete Sua promessa. Que a Palavra de Deus seja sempre suficiente para nós.

Deus Revela os Seu Plano (Gn 18.16-22): Um importante princípio bíblico é revelado aqui. Deus não esconde os Seus planos de Seus filhos (Sl 25.14; Jo 15.15). Somente os Cristãos sabem o curso e os resultados desta geração.
Note as duas razões pelas quais Deus não escondeu de Abraão o Seu plano:
A. Abraão seria o recipiente de grandes promessas (ver.18). Mesmo hoje, os salvos têm um futuro abençoado com Deus, pelo qual eles anseiam. Por que então Deus esconderia deles os Seus presentes planos para este mundo?
B. Deus sabia que Abraão, diferente dos habitantes de Sodoma, instruiria seus filhos no caminho da justiça. Deus nos responsabiliza por isso (Ver. 19).

Abraão, o Intercessor (Gn 18.20-33): Há dois temas importantes aqui:
A. A Justiça de Deus - Deus deixou claro que o Seu julgamento sobre as cidades da planície estaria baseado em uma cuidadosa investigação de seus pecados [vers. 20-21]. Deus nunca é injusto em Seus julgamentos. Quando examinamos a Bíblia ficamos surpresos ao ver como a palavra "justo" está ligada com o julgamento de Deus. O Senhor não destrói o justo com o injusto, e não trata ninguém com injustiça. Ao falar aqui como se fosse homem, nós sabemos que Deus está utilizando uma linguagem de acomodação. Ele sabe tudo a nosso respeito o tempo todo (Pv 15.3). Tal linguagem foi usada, e os dois anjos foram enviados a Sodoma, para que nós pudéssemos claramente entender que Ele nunca executa um julgamento sem um completo conhecimento.
B. A Necessidade de Intercessão [vers. 23-32]. Esta porção da Escrituras é freqüentemente usada para mostrar a necessidade da oração intercessora (1Tm 2.1). Nós como Cristãos, precisamos orar em favor dos perdidos e também dos salvos. Abraão temia que Ló e outras pessoas justas fossem destruídas. Suas ações servem de modelo para as nossas orações intercessoras:
1. Ele veio diante do Senhor (ver 22-23).
3. Ele discutiu o problema. Deus deseja ouvir de nós aquilo que Ele já sabe (2Rs 19.14-19). O intercessor precisa trazer a situação diante do Senhor.
4. Ele se lembrou das promessas que Deus havia lhe feito. Talvez isto fortaleça a nossa fé mais do que qualquer outra coisa.
5. Abraão foi persistente [vers. 27, 30-33]. O Senhor exige persistência na oração como um teste da profundidade de nosso desejo (Lc 18.1-7; Mt 15.21-28).
6. Ele era ousado e ao mesmo tempo reverente [vers. 27 e 32].
7. Ele demonstrou grande compaixão. A compaixão é um ingrediente básico da oração intercessora (Rm 9.1-3).

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXVI

DEUS MUDA O NOME DE ABRÃO, RELEMBRA A SUA ALIANÇA, A CIRCUNCISÃO E O NOME DE SARAI É MUDADO (Gn 17)

No capítulo 15 de Gênesis nós vimos que a aliança que Deus fez com Abraão era incondicional. Isto é novamente ilustrado no capítulo 17. Nem as falhas de Abraão, nem sua falta de fé, ou mesmo o passar dos anos, mudaram a intenção de Deus de manter a Sua palavra.

Abrão é repreendido (Gn17.1-2): Quando Abraão estava com oitenta e seis anos, Ismael nasceu. Esta criança foi o produto da falta de fé e sabedoria carnal. Após isto, treze anos se passaram, e não há nenhum registro de que Deus tenha se comunicado com Abraão neste período. A maior benção que podemos ter na vida é a comunhão com Deus, mas o pecado e o descuido podem levar os santos a se desviarem da vontade de Deus por longos períodos de tempo. Os Cristãos podem viver no pecado por um tempo (Salomão, Davi), ou simplesmente passar por longos períodos de secura espiritual (Ló).
Afortunadamente estes períodos não são permanentes. Deus sempre traz de volta estas ovelhas desgarradas, para que novamente tenham comunhão íntima com Ele. Finalmente Deus repreende Abraão e o restaura a Sua comunhão (Sl 23.3, Hb 12.6).
Veja as palavras de abertura que Deus falou a Abraão:
A. "Eu sou o Deus Todo-Poderoso". Aqui Abraão é repreendido por não confiar no poder de Deus. Foi esta falta de confiança que o levou a se casar com Agar. O Todo-Poderoso não necessita de planos e sabedoria carnais para ajudá-lO.
B. "Anda em minha presença e sê perfeito". Não há dúvidas de que esta foi uma repreensão pelo seu pecado de treze anos atrás.
C. Versículo 2 - Deus mostrou a Abraão que os treze anos que se passaram não impediram os Seus planos. Deus permitiu que Abraão e Sara envelhecessem para que o Seu poder fosse engrandecido no nascimento de Isaque (Rm 4.18-20).

A Aliança é Novamente Confirmada (Gn 17.3-8): Enquanto Deus falava, Abraão caiu sobre o seu rosto. Isto foi um ato de humildade e contrição. Enquanto ele estava inclinado, o Senhor continuou a falar e confirmar as promessas que Lhe fizera anteriormente. Não é marcante quantas vezes Deus explicou a aliança para Abraão (Gn 12.1-3; 6-7; 13.14-17; 15.1-5; 18-21)? Não vemos isto também no Novo Testamento? Isto não é também um testemunho de como o coração do homem é vagaroso em crer, e também da intenção de Deus em manter a Sua palavra?
Note também quantos sinais e selos Deus deu de Suas promessas. Na nossa lição o nome de Abrão mudou para Abraão, o qual significa "Pai de uma multidão". Que nome para um homem de noventa e nove anos que ainda não havia se tornado pai do filho prometido. Somente Deus pode fazer tais promessas. Ao contemplarmos estas promessas, não somos convencidos de que Deus ama encontrar fé nos corações de Seus filhos? Não é este o motivo que O leva a tratar conosco baseado em promessas? A nossa salvação é recebida através da fé na promessa do evangelho. Nada pode glorificar a Deus como a fé.

A Circuncisão (Gn 17.9-14): A prova da aliança com os descendentes físicos de Abraão seria a circuncisão de todos os meninos. Qualquer um que não passasse por isso, seria cortado da aliança. A razão porque a circuncisão foi escolhida como um sinal desta aliança é muito difícil de entendermos. Nós sabemos que a circuncisão é muito usada como uma figura do arrependimento espiritual e submissão a Deus (Jr 4.4; Dt 10.16 e 30.6). Talvez a idéia seja de que a depravação era passada através da procriação humana, e sendo assim, haveria a necessidade das futuras gerações serem limpas por Deus. (No Novo Testamento nós lemos que havia alguns homens que ensinavam que a circuncisão fazia parte da salvação. Eles falhavam em observar que Abraão foi salvo pela fé antes de sua circuncisão).

O Novo Nome de Sarai (Gn 17.15-18): Aqui o Senhor explica que a semente prometida viria através de Sarai. Ela foi aquela que havia pensado que o Senhor necessitava de ajuda (Gn 16). Agora treze anos mais tarde, Deus afirma que Sarai iria ser mãe. Como um selo disto, Deus mudou o nome dela para Sara, que significa Princesa. A risada de Abraão no versículo 17, era provavelmente o resultado de maravilha e não de descrença. O pedido dele no versículo 18 era conseqüência do seu amor natural por Ismael. Ele não queria que Ismael fosse ignorado nos planos de Deus. A oração do versículo 18 não deveria estar nos corações de todos os pais Cristãos?

As Palavras Finais de Deus (Gn 17.19-22): Três coisas foram ditas a Abraão antes do Senhor partir:
A. Não importa quão inacreditável isso possa parecer, mas Sara terá um filho. Este filho deverá ser chamado de Isaque, que significa "risada". Isto seria para relembrar Abraão do poder e da fidelidade de Deus (vers.17).
B. A aliança de Deus seria com Isaque, o filho da promessa, não com Ismael que foi o filho gerado pela sabedoria carnal.
C. Por causa de Abraão, Ismael seria abençoado. Há poder na intercessão feita pelo povo de Deus [Compare o vers.18 com o vers.20].

Obediência (Gn 17.23-27): A obediência de Abraão foi imediata e total para com Deus. Pense na prova que isto deve ter sido para ele nesta idade. Centenas de outras também estavam envolvidas. Somente uma grande fé torna possível a obediência. Verdadeiramente Abraão tinha sido espiritualmente restaurado.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXV

AGAR É DADA POR MULHER A ABRAÃO E O NASCIMENTO DE ISMAEL (Gn 16)

O povo de Deus é em muitos aspectos um tipo muito estranho. Em Gênesis 14-15, Abraão é visto como um brilhante exemplo de fé. Entretanto, em Gênesis 16 ele age contrário a fé. O fato dos Cristãos estarem sujeitos a influências de diferentes forças, explica estas inconsistências (Gl 5:16-17). Nós nos alegramos por Deus não permitir que a verdadeira fé salvadora venha a fracassar (1Jo 5.4).

A Necessidade de Fé: Deus muitas vezes espera para agir até que Seus planos se tornem humanamente impossíveis de serem realizados. Abraão tinha oitenta e cinco anos e não tinha tido filhos e Sara havia passado da idade de poder engravidar.
Qual a esperança que eles poderiam ter de terem um filho? A resposta é claro, deveria ser que a promessa de Deus era suficiente para eles. Deus sempre mantém Sua palavra. Todavia, Ele faz isso de maneira que Ele mesmo venha a ser glorificado. O Seu tempo e métodos são muitas vezes uma prova para a carne. Nós devemos aprender que a fé deve ser acompanhada de paciência para poder aguardar calmamente para Deus cumprir a Sua palavra. (Hb 6.12; 10.35-36).

A Tentação (Gn 16.1-3): Note como a aproximação da tentação pode ser sutil:
A. Ela veio por meio de uma pessoa justa (1Pe 3.6).
B. Ela veio de uma pessoa próxima de Abraão.
C. Ela foi uma bem intencionada tentativa de "ajudar a Deus".
Entretanto:
A. Ela era contrária ao plano de Deus para o casamento.
B. Ela não passava de uma estratégia humana para tentar melhorar o plano divino.

Uma Alegoria. O casamento e os eventos subseqüentes são usados nas Escrituras como uma alegoria para nos ensinar o perigo de tentar ser salvo pela lei (Gl 4.21-31). Isto será explicado no decorrer do estudo. Os pregadores também têm usado isto como exemplo de uma tentativa tola de fazer a vontade de Deus no poder da carne.

A Poligamia Consumada (Gn 16.4-6): O propósito do casamento é a felicidade da humanidade e a criação de crianças tementes a Deus (Ml 2.15). A poligamia é inimiga destes propósitos divinos. Não houve nenhum casamento polígamo em que o ciúme e a amargura não entraram. Infelizmente, isso sempre passa para os filhos (Gn 21.9-11). Depois que Agar deu a luz, ela começou a provocar e irritar Sara. Abraão então permitiu que Sara a "colocasse em seu devido lugar". Isto causou um ressentimento tão grande, que Agar fugiu de casa.

Beer-Laai-Rói (Gn 16.7-14): Sem dúvida, enquanto Agar vagueava, ela começou a refletir e a se acalmar. Enquanto ela estava descansando em uma fonte de água, o Anjo do SENHOR (Jeová) apareceu a ela. Aqueles que conhecem as Escrituras sabem que este Anjo era o Filho de Deus. Agar foi instruída a voltar para a casa de Abraão e então cumprir o plano que Deus tinha para ela. Provavelmente ela mesma já estava contemplando isto.
Agar aparentemente era uma mulher justa. Ela parece ter ficado muito impressionada com este encontro com o Senhor. Como muitas outras pessoas do Velho Testamento, ela estava surpresa de ter visto a Deus e ainda estar viva. Eles sabiam que ninguém poderia ver a completa glória de Deus e ainda sobreviver.
Agar também estava impressionada pelo fato de que Deus era um Deus que sempre a via. Dali em diante ela se referia a Deus como "Tu és Deus que me vê". Ela deu o nome ao poço no qual ela se encontrara com Deus de Beer-Laai-Rói, que significa "o poço Daquele que vive e me vê". Quantas pessoas nunca perceberam que Deus vê seus atos e pensamentos. Eles ficariam chocados em saber que Deus presta atenção neles. Que nós vivamos como aqueles que se lembram de que são observados pelos "olho que tudo vê" de nosso Senhor.

As Promessas de Deus para Agar (Gn 16.10-12): Aparentemente por causa de Abraão, Deus abençoou Agar e Ismael (Gn 17.18). Entretanto, os descendentes de Ismael se tornaram inimigos de Israel. Isto não ilustra o fato de que a obra de Deus feita no poder ou sabedoria da carne sempre produzirá problemas, e por fim prejudicará a obra do Senhor?
Veja as promessas e profecias feitas a Agar:
A. Seus descendentes seriam uma multidão.
B. Ela teria um filho que se chamaria Ismael.
NegritoC. Ismael seria um homem violento, que ao mesmo tempo se oporia e sofreria oposição. Aparentemente o povo Árabe, descendente de Ismael, tem exemplificado isto.

O Nascimento de Ismael (Gn 16.15-16): Ismael nasceu de uma escrava e foi concebido estritamente pelo poder da carne. Ele permanecerá para sempre como uma figura daqueles que buscam a salvação através da lei. (Gl 4.21-31)