SIGA TAMBÉM!!!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - LV

OS IRMÃO DE JOSÉ PASSAM PELO ÚLTIMO TESTE (Gn 44)
Em Gênesis 43.34, José testou seus irmãos para ver se eles ainda eram controlados pela inveja. Neste capítulo, o teste é mais rigoroso ainda. Eles realmente amavam Benjamim? Eles estavam dispostos a saírem livres e deixá-lo para ser escravo? Este teste provou que eles realmente eram homens mudados. Judá, em especial, demonstrava ser um homem transformado.
Mais Um Teste (Gn 44.1-5): Não era vingança, mas o desejo de conhecer realmente seus irmãos, o verdadeiro motivo por detrás dos planos de José. Ele encenou seu papel corretamente e demonstrou grande força de caráter e autocontrole. Ele teria sido imprudente se tivesse se revelado aos seus irmãos antes de conhecer o caráter deles. Várias vezes nas Escrituras somos alertados a não colocarmos a nossa confiança em pessoas que desconhecemos o caráter (Pv 11.15). Aqueles são chamados ao ministério devem ser especialmente provados (1Tm 3.6). Somente as provas podem expor verdadeiramente os corações dos homens (Dt 8.2). O sentido do versículo 5 é de alguma maneira discutível. Talvez a palavra "adivinha" fosse usada porque os Egípcios não eram familiarizados com o conceito da verdadeira profecia. Por outro lado, José pode ter ido muito longe ao fingir ser um adivinhador pagão.
Pegos na Armadilha de José (Gn 44.6-13): Que desespero os irmãos de José devem ter sentido. Eles sabiam que eram inocentes, mas pareciam sentir que estas provas de alguma forma eram o julgamento de Deus sobre seus antigos pecados. Sem dúvida, José colocou o dinheiro nos sacos para que eles soubessem que Benjamim era inocente. Eles veriam que alguém mais tinha manuseado as sacolas.
Passando no Teste (Gn44.14-17): Os irmãos foram convencidos de que estas provas eram uma justa retribuição, mesmo sabendo que eram inocentes quanto ao que ocorreu. Eles não culparam Benjamim, mas parecem ter visto a mão de Deus em tudo isso. Paciência sob julgamento é uma obra do verdadeiro arrependimento (Sl 51.3-4). No versículo 17 José força a situação e os coloca em um verdadeiro teste. Eles ficariam ao lado de Benjamim arriscando o próprio futuro deles.
Judá Intercede (Gn44.18-34): Nenhum advogado faria melhor defesa do que Judá. Martinho Lutero desejava orar para Deus como Judá suplicou diante de José. Para a eloquência de homem e de discursos empolgantes, este discurso é inigualável. Até mesmo o pensamento de causar alguma dor ao seu pai era intolerável para Judá. Ele verdadeiramente era um homem mudado. Ele realmente tornou-se um líder entre os seus irmãos (Gn 49.8-12).
Paralelos Interessantes: Vemos nesta história, que a participação de Judá é uma figura da obra redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. Note algumas das grandes verdades do Evangelho que podem ser vistas aqui quando vemos Judá como uma figura de Cristo:
A. Tanto Judá quanto o Senhor Jesus pertenceram a tribo de Judá (Gn 49.8-10; Ap 5.5). É claro que Judá foi o pai da tribo.
B. Judá se tornou uma garantia para o seu irmão mais novo (Gn 43.8-9). O Senhor Jesus se tornou o fiador dos seus irmãos mais novos (Hb 7.22 e 2.11; Rm 8.29).
C. Judá se tornou uma garantia para o seu pai. Ele aceitou ser responsável por Benjamim e respondeu ao seu pai pela segurança dele. Jesus Cristo se tornou a nossa garantia para o Pai. Ele se responsabilizou por Seu povo. Isto é ilustrado na passagem a respeito do Bom Pastor (Jo 10.11-14, 28-29).
D. Judá se tornou uma garantia para Benjamim antes mesmo dele estar envolvido em confusão ou ir ao Egito (que é uma figura do mundo). O Salvador se tornou a nossa garantia antes mesmo que nós nascêssemos neste mundo ou pecássemos (Ef 1.4; 1Pe 1.18-20).
E. Judá desceu com seu irmão mais novo para o Egito. Foi lá que Benjamim se viu envolvido em problemas. O Senhor Jesus acompanhou Seu povo para este mundo onde eles necessitariam de redenção (Hb 2.11-15).
F. Judá prontamente assumiu a culpa pelos erros dos seus irmãos (vers. 33). Jesus Cristo pagou pelos nossos pecados (Is 53.6).
G. Judá intercedeu por seus irmãos baseado na sua própria garantia (vers. 32). O Senhor Jesus intercede pelo Seu povo baseado na Sua fiança por eles (Jo 17.6 e 9; Rm 5.10; 8.33-34).
H. Judá foi bem sucedido em seus esforços para salvar Benjamim. Jesus Cristo se tornou a nossa garantia, morreu em nosso lugar, e agora vive para interceder por nós. Ele é absolutamente bem sucedido na obra de salvar o Seu povo. Todas as Suas ovelhas serão reunidas em Seu aprisco (Jo 10.27-29) e todos os filhos se encontrarão no Seu lar (Hb 2.10 e 13).

Nenhum comentário: