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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ARREPENDIMENTO, NÃO ESPERE MATURIDADE INSTANTÂNEA!

COMO LIDAR COM AS PROVAÇÕES?

Mateus 10.19-36


Introdução:

Nos dia em que estamos vivendo existe algo que me preocupa muito: A mensagem que temos ouvido em nossas igrejas. Pois essas mensagens não têm preparado o povo de Deus para os dias de perseguições, que é mister que a igreja enfrente tais perseguições. E o que estamos vendo é os crentes se afastado de Deus nas primeiras provações que lhe vem na vida cristã. E esse foi um dos temas que o nosso Senhor Jesus Cristo não abriu mão de pregar: Preparar os discípulos para as perseguições que viriam somente pelo fato de serem servos do Senhor. E nessa mensagem, com a ajuda de Deus, quero transmitir uma mensagem que possa nos ajudar a lidar com as perseguições que constantemente nos atinge. E assim me proponho que nessa mensagem falarei de: 1 - quem poderá se levantar contra nós; 2 –de que maneira se levantaram contra nós; 3 - qual a reação que naturalmente teremos; 4 – e quais as verdades que devemos nos apegar quando tais perseguições vierem.

1 – Quem serão os meus possíveis perseguidores?

No texto que lemos vemos pelo menos 3 tipos de pessoas que nos perseguiram: 1 – Governo. 2 – Religiosos. 3 – Família.

* No texto de Mt 10.18-19 vemos que será possível que os governantes de nosso país, estado ou cidade, venham nos perseguir, por não aceitarem os parâmetros da palavra de Deus. Na historia mundial já vimos diversas vezes como os governantes de vários países já se opuseram contra o anuncio das boas novas. Hoje em nosso país vermos uns lampejos de algum tipo de oposição a pregação do verdadeiro evangelho. Pois já é realidade no Brasil que falar sobre o adultério, o homossexualismo e outros tipos de pecados condenáveis, segundo a Bíblia Sagrada, poderá causar sérias conseqüências. Vemos esta realidade acontecendo na vida do apostolo Paulo e de sue companheiro Silas em At 16, quando Paulo e Silas foram ate a cidade de Filipo e ali pregaram o evangelho e libertou uma jovem, no nome do Senhor, que era possessa por um espírito imundo de adivinhação, foi ai que a perseguição começou e foram presos por estarem realizando a obra de Deus.

* Vemos também no texto de Mt 10.17 que poderemos ser perseguidos pelos religiosos. Jesus faz questão de nos alertar que os adeptos de religiões poderão nos perseguir, por não estarem de acordo com a mensagem que pregamos. Essa é uma realidade que vem acontecendo no nosso meio cristão, pois muitos falsos profetas têm se levantado para se opor contra a mensagem verdadeira do evangelho. Muitas vezes criticam os verdadeiros pregadores em radio, televisão e em outros meios de comunicação de massa. É sabido de todos que em muitos países do mundo existe uma séria perseguição por parte de religiosos de outras religiões, no oriente médio muitos missionários cristãos tem sido mortos pelos mulçumanos. Foi noticia a poucos dias de como mulçumanos prenderam mais de vinte missionários cristãos, que vieram da Coréia do Sul para anunciar o evangelho no oriente médio. Vemos em At 4.1-3 o que aconteceu com Pedro e João por estarem anunciando a fé em Jesus.

* Podemos ver também em Mt 10.21 que a perseguição, também, poderá vir de dentro da nossa própria casa. Jesus não escondeu que ate mesmo os nossos familiares poderão se levantar e se opor contra a verdade que cremos e pregamos. É fato que muitos crentes em Jesus se viram nessas condições. Quando seus pais e irmãos se levantaram contra fé que decidiram aceitar e viver. E nas escrituras vemos essa realidade também, para nos dar o exemplo Lc 15.25-32 quando o irmão do filho pródigo se opôs à decisão do jovem de voltar para a casa do Pai.

2 – De que forma nos perseguiram?

No texto principal que lemos, alem de nos revelar quem nos perseguiria, também nos revela detalhes de que tipos de perseguição nos sobreviriam. Ameaças (Mt 10.17,18,26), Danos físicos (Mt 10.17,28), Ridicularização publica (Mt 10.22), Rejeição (Mt .10.34-37).

3 – Como reagimos diante dessas perseguições?

É comum que diante de situações como estas venhamos sentir medo e preocupação. Digo isto porque vemos no texto principal o Senhor dizendo “não temas(Mt 10.19; 10.26; 10.28; 10.31), se assim Jesus ensinou é porque nessas horas o medo e a preocupação venham sobre nós.

4 – Em quais verdades eu devo me apoiar quando vierem as perseguições?

É um fato que as perseguições viram sobre as nossas vidas, como acabamos de ver. Porem o Senhor Jesus nos declara verdades poderosas onde podemos apoiar a nossa fé.

I – A verdade sempre será revelada: (Mt 10.26) Devemos acreditar que sempre a verdade irá prevalecer, é uma garantia que temos da parte de Deus, de que vale a pena ser verdadeiro, e não se deixar levar pelas ondas que o mundo tenta nos levar, mas que possamos preferir ser fiel à verdade, mesmo que para isso sejamos perseguidos.

II – O próprio Deus nos reconhecerá se o reconhecermos: (Mt 10.32) Quando foi ensinado que os homens nos humilharia diante de todos, o Senhor também nos ensinou que se fossemos fieis mesmo quando falassem palavras de humilhação contra nós, e não negássemos o nome do Senhor Ele nos reconheceria. Tenho pra mim que não existe coisa melhor do que ser reconhecido pelo próprio Deus. Muitos buscam o reconhecimento humano e para isso ate mesmo negam o nome do Senhor Jesus. Porém há uma promessa para os que decidirem a ser fieis ao nome do Senhor.

III – O amor de Deus nos sustentará: (Mt 10.31) Quando a rejeição familiar nos atingir devemos nos apegar na verdade ensinada pelo nosso Senhor Jesus, que somos valiosos para o nosso Deus. É fato que o amor de Deus pode nos sustentar, Ele já nos deu provas suficientes de que de fato nos ama. Portanto se você é rejeitado por seus familiares e amigos, lembre-se de que mais valioso do que o amor de pai, mãe e irmãos é o amor de Deus e você pode ter certeza que o grande amor de Deus estará te sustentando nessas horas de perseguições.

IV – Nossa alma não pode ser ferida: (Mt 10.28) Foi ensinado por Jesus que ate mesmo poderemos sofrer perseguições que resultaram em morte e agressões físicas, porem a certeza que o Senhor nos da é que a nossa alma não poderá ser tocada, os homens poderão ate mesmo nos matar, porem é certo que a nossa alma está guardada em Deus.

Conclusão.

Portanto que nos apeguemos às promessas da Bíblia que serve de fonte de força para prosseguirmos na nossa caminhada em direção ao céu. Que venhamos entender que o Senhor não nos enganou, como fazem alguns pregadores de nossos dias, mas fez questão de nos ensinar acerca das provações que viriam sobre nós. Mas nos deu a sua promessa de que estaria conosco nos momentos mais difíceis de nossas vidas. “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo...”

FAÇA A SUA VIDA VALER A PENA!

MUITOS VIVEM NESTE MUNDO COMO QUE O QUE TEM VALOR É O MOMENTO PRESENTE. PORÉM A GRANDE VERDADE É QUE OS NOSSOS DIAS PASSAM MUITO RÁPIDO DIANTE DE NÓS. E CHEGAM DIAS EM QUE PERCEBEMOS QUE NADA FIZEMOS DE VALOR, OU QUE PELO MENOS DE SENTIDO A NOSSA VIDA. PODEMOS FAZER DIFERENTE E VIVER COM AS PALAVRAS DO APÓSTOLO PAULO PRESENTE EM NOSSAS VIDAS, PALAVRAS QUE DIZ: "PARA MIM O VIVER É CRISTO", SIM ISSO É UMA VIDA DE VALOR.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

OLHE PARA A SERPENTE E VIVA!

A NOSSA VERDADEIRA GUERRA!

O QUE É SER CHEIO DO ESPIRITO SANTO?

UMA BREVE BIOGRAFIA DE JÔNATAS EDWARDS

Jônatas Edwards

Grande despertador

(1703-1758)

Há dois séculos que o mundo fala do famoso sermão: Pecadores nas mãos de um Deus irado e dos ouvintes que se agarravam aos bancos pensando que iam cair no fogo eterno. Esse fato foi, apenas, um dos muitos que acontece­ram nas reuniões em que o Espírito Santo desvendava os olhos dos presentes para eles contemplarem as glórias do Céu e a realidade do castigo que está bem perto daqueles que estão afastados de Deus.

Jônatas Edwards, entre os homens, era o vulto maior nesse avivamento, que se intitulava O grande desperta­mento. Sua vida é um exemplo destacado de consagração ao Senhor para o desenvolvimento maior do intelecto e, sem qualquer interesse próprio, de deixar o Espírito Santo usar o mesmo intelecto como instrumento nas suas mãos. Amava a Deus, não somente de coração e alma, mas tam­bém de todo o entendimento. "Sua mente prodigiosa apo­derava-se das verdades mais profundas". Contudo, "sua alma era, de fato, um santuário do Espírito Santo". Sob aparente calma exterior, ardia nele o fogo divino, como um vulcão.

Os crentes atuais devem a esse herói, graças à sua per­severança em orar e estudar sob a direção do Espírito, a volta às várias doutrinas e práticas da igreja primitiva. Grande é o fruto da dedicação do lar em que Edwards nas­ceu e se criou. Seu pai foi o amado pastor de uma só igreja durante um período de sessenta e quatro anos. Sua piedosa mãe era filha de um pregador que pastoreou uma igreja durante mais de cinqüenta anos.

Dez das irmãs de Jônatas, quatro eram mais velhas do que ele e seis mais novas. "Muitas foram as orações que os pais ofereceram a Deus, para que o único e amado filho fos­se cheio do Espírito Santo, e que se tornasse grande peran­te o Senhor. Não somente oravam assim, fervorosa e cons­tantemente, mas mostravam-se igualmente zelosos em criá-lo para Deus. As orações, à volta da lareira, os estimu­laram a se esforçarem, e seus esforços redobrados os moti­varam a orarem mais fervorosamente... O ensino religioso e permanente resultou em Jônatas conhecer intimamente a Deus, quando ainda criança".

Quando Jônatas tinha sete ou oito anos, houve um despertamento na igreja de seu pai, e o menino acostumou-se a orar sozinho, cinco vezes, todos os dias, e a chamar ou­tros da sua idade para orarem com ele.

Citamos aqui as suas palavras sobre esse assunto: "A primeira experiência, de que me lembro, de sentir no ínti­mo a delícia de Deus e das coisas divinas, foi ao ler as pala­vras de 1 Timóteo 1.7: 'Ora, ao Rei dos séculos, imortal, in­visível; ao único Deus seja honra e glória para todo o sem­pre. Amém'. Sentia a presença de Deus até arder o coração e abrasar a alma de tal maneira, que não sei descrevê-la... Gostava de passar o tempo olhando para a lua e, de dia, a contemplar as nuvens e os céus. Passava muito tempo ob­servando a glória de Deus, revelada na natureza e cantan­do as minhas contemplações do Criador e Redentor... An­tes me sentia demasiado assombrado ao ver os relâmpagos e ouvir a troar do trovão. Porém mais tarde eu me regozija­va ao ouvir a majestosa e terrível voz de Deus na trovoada". Antes de completar treze anos, iniciou seu curso em Yale College, onde, no segundo ano, leu atentamente a fa­mosa obra de Locke: Ensaio sobre o entendimento huma­no. Vê-se, nas suas próprias palavras acerca dessa obra, o grande desenvolvimento intelectual do moço: "Achei mais gozo nisso do que o mais ávido avarento, em ajuntar gran­des quantidades de ouro e prata de tesouros recém-adquiridos".

Edwards, antes de completar dezessete anos, diplo­mou-se no Yale College com as maiores honras. Sempre es­tudava com esmero, mas também conseguia tempo para estudar a Bíblia, diariamente. Depois de. diplomar-se, con­tinuou seus estudos em Yale, durante dois. anos e foi então separado para o ministério.

Foi nessa altura que seu biógrafo escreveu acerca de seu costume de dedicar certos dias para jejuar, orar e exami­nar-se a si mesmo.

Acerca da sua consagração, com idade de vinte anos, Edwards escreveu: "Dediquei-me solenemente a Deus e o fiz por escrito, entregando a mim mesmo e tudo que me pertencia ao Senhor, para não ser mais meu em qualquer sentido, para não me comportar como quem tivesse direi­tos de forma alguma... travando, assim, uma batalha com o mundo, a carne e Satanás até o fim da vida".

Alguém assim se referiu a Jônatas: "Sua constante e solene comunhão com Deus, em secreto, fazia com que o rosto dele brilhasse perante o próximo, e sua aparência, semblante, palavras e todo o seu comportamento eram acompanhados por seriedade, gravidade e solenidade".

Aos vinte e quatro anos casou-se com Sara Pierrepont, filha de um pastor, e desse enlace nasceram, como na família do pai de Edwards, onze filhos.

Ao lado de Jônatas Edwards, no Grande Despertamento, estava o nome de Sara Edwards, sua fiel esposa e ajudadora em tudo. Como seu marido, ela nos serve como exemplo de rara intelectualidade. Profundamente estudio­sa, inteiramente entregue ao serviço de Deus, ela era co­nhecida por sua santa dedicação ao lar, pelo modo de criar seus filhos e pela economia que praticava, movida pelas palavras de Cristo: "Para que nada se perca". Mas antes de tudo, tanto ela como seu marido eram conhecidos por suas experiências em oração. Faz-se menção destacada es­pecialmente dum período de três anos, durante o qual, apesar de gozar de perfeita saúde, ficava repetidas vezes sem forças, por causa das revelações do Céu. A sua vida in­teira foi de intenso gozo no Senhor.

Jônatas Edwards costumava passar treze horas, todos os dias, estudando e orando. Sua esposa, também, diaria­mente o acompanhava na oração. Depois da última refei­ção, ele deixava toda a lida, a fim de passar uma hora com a família.

- Mas, quais as doutrinas de que a igreja havia esqueci­do e quais as que Edwards começou a ensinar e a observar de novo, com manifestações tão sublimes?

Basta uma leitura superficial para descobrir que a dou­trina, à qual deu mais ênfase, foi a do novo nascimento, como sendo uma experiência certa e definida, em contras­te com a idéia da Igreja Romana e de várias denominações.

O evento que marcou o começo do Grande Despertamento foi uma série de sermões feitos por Edwards sobre a doutrina da justificação pela fé, que fez os ouvintes senti­rem a verdade das Escrituras, de que toda a boca ficará fe­chada no dia de juízo, e que "não há coisa alguma que, por um momento, evite que o pecador caia no Inferno, senão o bel prazer de Deus".

É impossível avaliar o grau do poder de Deus, derrama­do para despertar milhares de almas, para a salvação, sem primeiro nos lembrarmos das condições das igrejas da Nova Inglaterra, e do mundo inteiro, nessa época. Quem, até hoje, não se admira do heroísmo dos puritanos que co­lonizaram as florestas da Nova Inglaterra? Passara, po­rém, essa glória e a igreja, indiferente e cheia de pecado, se encontrava face com o maior desastre. Parecia que Deus não queria abençoar a obra dos puritanos, obra que existiu unicamente para sua glória. Por isso, no mesmo grau que havia coragem e ardor entre os pioneiros, houve entre seus filhos, perplexidade e confusão. Se não pudessem alcan­çar, de novo, a espiritualidade, só lhes restava esperar o juízo dos céus.O famoso sermão de Edwards, ''Pecadores nas mãos de um Deus irado", merece menção especial.

O povo, ao entrar para o culto, mostrava um espírito le­viano, e mesmo de desrespeito, diante dos cinco pregado­res que estavam presentes. Jônatas Edwards foi escolhido para pregar. Era homem de dois metros de altura; seu ros­to tinha aspecto quase feminino, e o corpo magro de jejuar e orar. Sem quaisquer gestos, encostado num braço sobre a tribuna, segurando o manuscrito na outra mão, falava em voz monótona. Discursou sobre o texto de Deuteronômio 32.35: "Ao tempo em que resvalar o seu pé".

Depois de explicar a passagem, acrescentou que nada evitava, por um momento, que os pecadores caíssem no In­ferno, a não ser a própria vontade de Deus; que Deus esta­va mais encolerizado com alguns dos ouvintes do que com muitas pessoas que já estavam no Inferno; que o pecado era como um fogo encerrado dentro do pecador e pronto, com a permissão de Deus, a transformar-se em fornalhas de fogo e enxofre, e que somente a vontade do Deus indig­nado os guardava da morte instantânea.

Prosseguiu, então, aplicando o texto ao auditório: "Aí está o Inferno com a boca aberta. Não existe coisa alguma sobre a qual vós vos possais firmar e segurar. Entre vós e o Inferno existe apenas a atmosfera... há, atualmente, nu­vens negras da ira de Deus pairando sobre vossas cabeças, predizendo tempestades espantosas, com grandes trovões. Se não existisse a vontade soberana de Deus, que é a única coisa para evitar o ímpeto do vento até agora, serieis des­truídos e vos tornaríeis como a palha da eira... O Deus que vos segura na mão, sobre o abismo do Inferno, mais ou me­nos como o homem segura uma aranha ou outro inseto no­jento sobre o fogo, durante um momento, para deixá-lo cair depois, está sendo provocado em extremo... Não há que admirar, se alguns de vós com saúde e calmamente sentados aí nos bancos, passarem para lá antes de ama­nhã..."

O resultado do sermão foi como se Deus arrancasse um véu dos olhos da multidão para contemplar a realidade e o horror da posição em que estavam. Nessa altura o sermão foi interrompido pelos gemidos dos homens e os gritos das mulheres; quase todos ficaram de pé, ou caídos no chão. Foi como se um furacão soprasse e destruísse uma floresta. Durante a noite inteira a cidade de Enfield ficou como uma fortaleza sitiada. Ouvia-se, em quase todas as casas, o clamor das almas que, até aquela hora, confiavam na sua própria justiça. Esperavam que, a qualquer momento, o Cristo descesse dos céus com os anjos e apóstolos ao lado, e que os túmulos entregassem os mortos que neles havia.

Tais vitórias, contra o reino das trevas, foram ganhas de joelhos. Edwards não abandonara, nem deixara de go­zar os privilégios das orações, costume que vinha desde a meninice. Continuou a freqüentar, também, os lugares so­litários na floresta onde podia ter comunhão com Deus. Como um exemplo citamos a sua experiência com a idade de trinta e quatro anos, quando entrou na floresta, a cava­lo. Lá, prostrado em terra, foi-lhe concedido ter uma visão tão preciosa da graça, amor e humilhação de Cristo como Mediador, que passou uma hora vencido por uma torrente de lágrimas e pranto.

Como era de esperar, o Maligno tentou anular a obra gloriosa do Espírito Santo no "Grande Despertamento", atribuindo tudo ao fanatismo. Em sua defesa Edwards es­creveu : "Deus, conforme as Escrituras, faz coisas extraor­dinárias. Há motivos para crer, pelas profecias da Bíblia, que sua obra mais maravilhosa seria feita nas últimas épo­cas do mundo. Nada se pode opor às manifestações físicas, como as lágrimas, gemidos, gritos, convulsões, falta de for­ças... De fato, é natural esperar, ao lembrarmo-nos da re­lação entre o corpo e o espírito, que tais coisas aconteçam. Assim falam as Escrituras: do carcereiro que caiu perante Paulo e Silas, angustiado e tremendo; do Salmista que ex­clamou, sob a convicção do pecado: 'Envelheceram os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo' (Salmo 32.3); dos discípulos, que, na tempestade do lago, clama­ram de medo; da Noiva, do Cântico dos Cânticos, que fi­cou vencida, pelo amor de Cristo, até desfalecer..."

Certo é que na Nova Inglaterra começou, em 1740, um dos maiores avivamentos dos tempos modernos. É igual­mente certo que este movimento se iniciou, não com os ser­mões célebres de Edwards, mas com a firme convicção deste, de que há uma "obra direta que o Espírito divino faz na alma humana". Note-se bem: Não foram seus sermões mo­nótonos, nem a eloqüência extraordinária de alguns, como Jorge Whitefield, mas, sim, a obra do Espírito Santo no co­ração dos mortos espiritualmente, que, "começando em Northampton, espalhou-se por toda a Nova Inglaterra e pelas colônias da América do Norte, chegando até a Escó­cia e a Inglaterra". De uma época de maior decadência, a Igreja de Cristo, entre a população escassa da Nova Ingla­terra, despertou e foram arrebatadas de trinta a cinqüenta mil almas do Inferno durante um período de dois a três anos.

No meio das suas lutas, sem ninguém esperar, a vida de Jônatas Edwards foi tirada da Terra. Apareceu a varíola em Princeton e um hábil médico foi chamado de Filadélfia para inocular os estudantes. O nosso pregador e duas de suas filhas foram também vacinados. Na febre que resul­tou, as forças de nosso herói diminuíram gradualmente até que, um mês depois, faleceu.

Assim diz um de seus biógrafos: "Em todo o mundo onde se falava o inglês, era considerado o maior erudito desde os dias do apóstolo Paulo ou de Agostinho".

Para nós, a vida de Jônatas Edwards é uma das muitas provas de que Deus não quer que desprezemos as faculda­des intelectuais que Ele nos concede, mas que as desenvol­vamos, sob a direção do Espírito Santo, e que as entregue­mos desinteressadamente para o seu uso.



Fonte: Trecho do livro "Herois da Fé" CPAD

A HUMANIDADE DE JESUS. ELE EM TUDO FOI SEMELANTE A NÓS, COM EXCEÇÃO DO PECADO.

Fraquezas e Limitações Humanas

I. Jesus possuía um corpo humano. O fato de que Jesus possuía um corpo humano exatamente como o nosso é visto em muitas passagens das Escrituras. Ele nasceu assim como nascem todos os bebês humanos (Lc 2.7). Ele passou da infância para a maturidade assim como crescem todas as outras crianças: “Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2.40). Além disso, Lucas nos diz que “crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2.52).

Jesus ficava cansado exatamente como nós, pois lemos que “Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta” em Samaria (Jo 4.6). Ele tinha sede, pois quando estava na cruz disse: “Tenho sede!” (Jo 19.28). Depois de jejuar por quarenta dias no deserto, lemos que “teve fome” (Mt 4.2). Às vezes ficava fisicamente fraco, pois durante sua tentação no deserto jejuou quarenta dias (o ponto em que a força física humana esvai-se quase totalmente, alem do qual ocorrem danos físicos irreparáveis, caso o jejum prossiga). Naquele momento “vieram anjos e o serviram” (Mt 4.11), aparentemente para cuidar dele e lhe fornecer alimento até que recuperasse força suficiente para sair do deserto. Quando Jesus estava caminhando para a crucificação, os soldados forçaram Simão Cirineu a carregar sua cruz (Lc 23.26), mais provavelmente porque Jesus estava tão fraco depois dos açoites que havia recebido, que não tinha forças suficientes para carrega-la por si. O auge das limitações de Jesus quanto ao seu corpo humano é visto quando ele morreu sobre a cruz (Lc 23.46). Seu corpo humano deixou de conter a vida e parou de funcionar, assim como acontece com o nosso quando morremos.

Jesus também ressuscitou dos mortos num corpo humano, físico, ainda que aperfeiçoado e já não sujeito à fraqueza, enfermidade ou morte. Ele demonstra varias vezes aos discípulos que possui de fato um corpo real. Ele diz: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). Ele lhes mostra e ensina que era “carne e osso” e não só um “espírito” sem corpo. Outro indicio desse fato é que “lhe apresentaram um pedaço de peixe assado. E ele comeu na presença deles” (Lc 24.42; cf. Lc 24.30; Jo 20.17,20,27; 21.9,13).

Nesse mesmo corpo humano (ainda que ressurreto e tornado perfeito), Jesus também ascendeu ao céu. Ele disse antes de partir: “Vim do Pai e entrei no mundo; todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (Jo 16.28; cf 17.11). A maneira pela qual Jesus ascendeu ao céu foi planejada para demonstrar a continuidade entre sua existência num corpo físico aqui sobre a terra e sua existência continua no céu nesse corpo. Poucos versículos depois de dizer-lhes: “...um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39), lemos no evangelho de Lucas que Jesus “os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu” (Lc 24.50-51). De modo semelhante, lemos em Atos: “...foi Jesus elevado às alturas, á vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos” (At 1.9).

Todos esses versículos juntos mostram que, no que diz respeito ao corpo humano, Jesus era como nós em todos os aspectos antes da ressurreição, e após a ressurreição ainda era um corpo humano com “carne e ossos”, mas tornado perfeito, o tipo de corpo que teremos quando Cristo voltar e formos também ressuscitados. Jesus continua existindo nesse corpo humano no céu, conforme a ascensão tem o propósito de ensinar.

II. Jesus possuía uma mente humana. O fato de Jesus ter crescido em sabedoria (Lc 2.52) significa que ele passou por um processo de aprendizado assim como acontece com todas as outras crianças – ele aprendeu a comer, a falar, a ler e a escrever, e a ser obediente a seus pais (veja Hb 5.8). Esse processo de aprendizado fazia parte da genuína humanidade de Cristo.

Também vemos que Jesus possuía uma mente humana como a nossa quando ele fala do dia em que retornará à terra: “Mas a respeito daquele dia ou hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13.32).

III. Jesus possuía alma humana e emoções humanas. Vemos várias indicações de que Jesus possuía alma humana (ou espírito). Logo antes de sua crucificação, ele disse: “Agora, está angustiada a minha alma” (Jo 12.27). João escreve um pouco depois: “Ditas estas coisas, angustiou-se Jesus em espírito” (Jo 13.21). Em ambos os versículos a palavra angustiar representa o termo grego tarassw (tarasso), palavra muitas vezes empregada em referencia a pessoas ansiosas ou que de repente são surpreendidas por um perigo.

Além disso, antes da crucificação, percebendo o sofrimento que enfrentaria, Jesus disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (Mt 26.38), tamanha a aflição que sentia, a ponto de parecer que, caso se intensificasse um pouco mais, lhe roubaria a vida.

Jesus experimentou toda uma sucessão de emoções humanas. Ele “admirou-se” com a fé demonstrada pelo centurião (Mt 8.10). Chorou de tristeza com a morte de Lazaro (Jo 11.35). E orou com o coração repleto de emoções, pois ofereceu “com forte clamor e lagrimas, orações e suplicas a quem o podia livrar da morte” e foi “ouvido por causa da sua piedade” (Hb 5.7).

Além disso, o autor nos diz: “... embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (Hb 5.8-9). Mas se Jesus jamais pecou, como poderia “aprender a obediência”? Ao que parece, à medida que crescia rumo à maturidade, Jesus, como todas as outras crianças humanas, pode ir assumindo mais e mais responsabilidades. Quanto mais velho ficava, tanto mais seus pais podiam exigir dele obediência, e tanto mais o Pai celestial podia lhe atribuir tarefas na força de sua natureza humana. Com cada tarefa cada vez mais difícil, mesmo quando implicava algum sofrimento (como especifica Hb 5.8), aumentava a habilidade moral de Jesus, sua capacidade de obedecer sob circunstâncias cada vez mais difíceis. Podemos dizer que essa “espinha moral” foi fortalecida por exercícios cada vez mais difíceis. Mas em tudo isso ele jamais pecou.

A completa ausência de pecado na vida de Jesus é ainda mais notável pelas tentações severas que enfrentou, não só no deserto, mas durante toda a vida. O autor de Hebreus afirma que Jesus foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15). O fato de ter enfrentado tentações significa que possuía natureza humana genuinamente humana que podia ser tentada, pois as Escrituras são claras em nos dizer que “Deus não pode ser tentado pelo mal” (Tg 1.13).

IV. As pessoas próximas de Jesus consideravam-no apenas humano. Mateus registra um incidente assombroso no meio do ministério de Jesus. Ainda que Jesus tivesse ensinado por toda a Galileia, “curando toda a sorte de doenças e enfermidades entre o povo”, de modo que “numerosas multidões o seguiam” (Mt 4.23-25), quando chegou à própria cidade de Nazaré, o povo que o conhecia havia muitos anos não o recebeu:

Tendo Jesus proferido estas parábolas, retirou-se dali. E, chegando

à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam

e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos?

Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus

irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas

irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizaram-se nele.[...]

E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles

(Mt 13.53-58).

Essa passagem bíblica indica que aqueles que mais conheciam Jesus, os vizinhos com que vivera e trabalhara por trinta anos, consideravam-no não mais que um homem comum – bom homem, sem duvida, justo, bondoso e confiável, mas certamente não o próprio Deus encarnado. Vamos ver nas próximas seções como Jesus era plenamente divino em todos os sentidos – Ele era verdadeiramente Deus e homem em uma única pessoa – mas ainda precisamos reconhecer o sentido pleno de uma passagem como essa. Pois nos primeiros trinta anos de vida, Jesus levou uma vida humana tão normal, que as pessoas de Nazaré que o conheciam melhor ficavam surpresas com o fato de conseguir ensinar com autoridade e realizar milagres. Eles o conheciam. Jesus era um deles. Jesus era “o filho do carpinteiro” (Mt 13.55), e ele próprio era “carpinteiro” (Mc 6.3), tão comum, que podiam perguntar:^”Donde lhe vem, pois, tudo isto?” (Mt 13.56). E João nos diz: “... nem os seus irmãos criam nele” (Jo 7.5).

Era Jesus plenamente humano? Ele era tão plenamente humano que mesmo os que viveram e trabalharam com ele por trinta anos, mesmo os irmãos que cresceram na casa dele, não percebiam que era um tanto superior a outros seres humanos muito bons. Ao que parece, não tinham idéia de que fosse Deus vindo em carne.

O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS

1. O nascimento virginal.

Quando falamos na humanidade de Cristo, convém iniciar com uma consideração do nascimento virginal de Cristo. As Escrituras afirmam claramente que Jesus foi concebido no ventre de sua mãe, Maria, por obra miraculosa do Espírito Santo e sem um pai humano.

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivesse antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo” (Mt 1.18). Logo depois, um anjo do Senhor disse a José, que havia desposado Maria: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.24-25).

O mesmo fato é afirmado no evangelho de Lucas, onde lemos sobre a aparição do anjo Gabriel a Maria. Depois que o anjo disse a ela que teria um filho, Maria perguntou: “Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?” O anjo respondeu:

“Descerá sobre ti o Espírito Santo,

e o poder do Altíssimo te envolverá com sua sombra;

por isso, também o ente santo que há de nascer

será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35; cf. 3.23-38).

A importância doutrinária do nascimento virginal é vista em pelo menos três áreas.

I. Mostra que a salvação em ultima analise deve vir do Senhor. Exatamente como Deus havia prometido que a “semente” da mulher (Gn 3.15) acabaria por destruir a serpente, Deus torna isso em realidade pelo seu poder, não por meros esforços humanos. O nascimento virginal de Cristo é um lembrete inequívoco de que a salvação jamais pode vir por meio do esforço humano, mas deve ser obra do próprio Deus. Nossa salvação deve-se apenas à obra sobrenatural de Deus e isso ficou evidente bem no inicio da vida de Jesus, quando “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4-5).

II. O nascimento virginal possibilitou a união da plena divindade e da plena humanidade em uma só pessoa. Esse foi o meio empregado por Deus para enviar seu Filho (Jo 3.16 / Gl 4.4) ao mundo como homem. Se pensarmos por um momento em outros meios possíveis pelos quais Cristo poderia ter vindo ao mundo, nenhum deles uniria com tamanha clareza a humanidade e a divindade em uma pessoa. É provável que Deus pudesse criar Jesus no céu como um ser completamente humano e enviá-lo para que descesse do céu à terra sem o beneficio de nenhum genitor humano. Mas nesse caso ser-nos-ia muito difícil ver como Jesus poderia ser completamente humano como somos, e Ele não faria parte da raça humana que descende fisicamente de Adão. Por outro lado, é provável que fosse bem possível para que Deus fazer Jesus entrar no mundo por meio de dois genitores humanos, pai e mãe, e com sua plena natureza divina miraculosamente unida à sua natureza humana em algum momento no inicio de sua vida. Mas então ser-nos-ia difícil compreender como Jesus seria plenamente Deus, uma vez que sua origem seria como a nossa em todos os sentidos. Quando pensamos nessas duas outras possibilidades, isso nos ajuda a compreender como Deus, em sua sabedoria, ordenou uma combinação de influência humana e divina no nascimento de Cristo, de modo que sua plena humanidade nos seria evidente pelo seu nascimento humano comum por meio de uma mulher, e sua plena divindade seria evidente por sua concepção no ventre de Maria pela obra poderosa do Espírito Santo.

III. O nascimento virginal também torna possível a verdadeira humanidade de Cristo sem a herança do pecado. Como sabemos que todos seres humanos herdaram a culpa legal e uma natureza moral corrupta do primeiro ancestral, Adão (ao que às vezes dá-se o nome de “pecado herdado” ou “pecado original”). Mas o fato de Jesus não ter tido um pai humano significa que a linha de descendência de Adão é parcialmente interrompida. Jesus não descendeu de Adão da maneira exata pela qual todos os outros seres humanos descendem de Adão. E isso nos ajuda a compreender por que a culpa legal e a corrupção moral que pertencem a todos os outros seres humanos não pertencem a Cristo. (Lc 1.35)

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - LIV

OS IRMÃOS DE JOSÉ VOLTAM AO EGITO E ENFRENTAM MAIS UM TESTE (Gn 43)


Enquanto abrimos este capítulo, Simeão está preso no Egito e a família de Jacó novamente está sem comida. A fome força Jacó a confrontar a situação que ele estava tentando esquecer. Durante este período, podemos ver que Deus não apenas está preparando a nação escolhida para entrar no Egito, como também está trabalhando em suas vidas espirituais.
A Dificuldade do Dilema (Gn 43.1-7): Jacó, devido a sua tristeza, parecia totalmente irracional. Ele sabia que eles necessitavam de comida, mas não podia suportar a idéia de se separar de Benjamim. Parece até que ele havia se esquecido de Simeão. Note, entretanto, um sinal de encorajamento. Jacó é chamado pelo seu novo nome, "Israel". Isto não era uma indicação de Deus mais uma vez estava se preparando para manifestar Sua graça a Jacó? Muitas vezes, quando a vida parece obscura, o brilho dos graciosos propósitos de Deus está prestes a surgir.
A Fiança de Judá – (Gn 43.8-10): Judá parece ter crescido em caráter e confiança. Jacó confia a ele a responsabilidade de levar Benjamim para o Egito. Jacó se recusou a deixar Rúben, o mais velho, cuidar disso (Gn 42.37-38).
Judá usou estes três argumentos para convencer Jacó:
1- Ele cuidaria e seria pessoalmente responsável por Benjamim. (Veremos no próximo capítulo que isto é um quadro maravilhoso da fiança de Cristo por Seu povo).
2- Ele lembra a Jacó que sem comida todos morreriam. E isto incluía Benjamim.
3- A procrastinação não ajudaria em nada.
A Decisão de Jacó (Gn 43.11-14): Três coisas aqui merecem a nossa atenção:
1- Jacó tomou todas as devidas e possíveis precauções para que a viagem tivesse sucesso. Um valioso presente, ainda disponível em Canaã, foi enviado junto com eles. A confiança em Deus não nos impede de usar de sabedoria e do nosso melhor esforço (Pv 18.16).
2- Jacó insistiu para que eles fossem honestos em tudo que fizessem. Talvez o dinheiro tivesse retornado por algum engano. Nós devemos manter a "Regra de Ouro" mesmo quando outros cometem algum engano (Mt 7.12).
3- Jacó demonstra evidências de seu crescimento espiritual pessoal e sua submissão à vontade de Deus. Ele sabia que somente Deus poderia lhes dar uma viagem segura. Aqui ele permite que não somente Benjamim, mas todos seus filhos partissem imediatamente. Sua última declaração, no versículo 14, demonstra o desejo de deixá-los nas mãos de Deus. Ele está completamente entregue a vontade de Deus (Jó 1.21).
Temor no Egito (Gn 43.15-25): José estava ansioso para ver Benjamim enquanto esperava o retorno dos seus irmãos para o Egito. A verdadeira razão para que José exigisse o retorno com Benjamim era testar o caráter deles. Será que eles tinham assassinado ou vendido Benjamim? Eles ainda eram ressentidos e invejosos? Somente tendo conhecimento disso é que José saberia como agir.
Quando eles foram trazidos ao palácio de José, ficaram muito atemorizados. Eles temiam serem acusados de ter roubado o dinheiro que trouxeram para comprar os grãos da primeira vez. Antes que eles entrassem na presença de José, tentaram explicar o assunto ao mordomo dele. Ele lhes tranqüilizou e até trouxe Simeão para vê-los. Eles foram tratados muito bem enquanto se preparavam para jantar com José.
Note: O versículo 23 dá a entender que José havia instruído seus servos sobre o caminho de Deus. As palavras do mordomo, no versículo 23, não devem ser vistas como não sendo verdadeiras, antes como uma declaração de que tudo tinha ocorrido segundo a providência de Deus.
O Jantar com José (Gn 43.26-31): Nesta cena vemos que o amor de José por sua família não havia esfriado. Ele perguntou a respeito do seu pai e, ao ver o seu irmão mais novo, Benjamim, se retirou para chorar. Como já pudemos notar, José não estava brincando de alguma maneira com os seus irmãos, e nem mesmo queria desnecessariamente impor medo neles. O seu amor era mesclado com sabedoria. Abraçar seus irmãos sem ter conhecimento do caráter deles seria um convite a futuros problemas.
O Teste (Gn 43.32-34): Os irmãos de José se sentaram a mesa dispostos segundo as suas idades. Eles ficaram maravilhados, não sabendo como essa informação foi passada. O propósito de José, sem dúvida, era fazer mais mistério. Eles parecem ter percebido que Deus estava trabalhando naquela situação.
Naquelas culturas era comum para o anfitrião dar certas porções especiais de comida a alguns de seus hóspedes. Isto era feito para demonstrar honra. Quanto mais comida fosse oferecida ao hóspede, mais honra lhe estava sendo demonstrada. Quando grandes porções eram oferecidas o hóspede não era obrigado a consumir tudo.
Neste jantar, foi servido a Benjamim, o mais novo, cinco vezes a mais a quantidade oferecida aos seus irmãos mais velhos. José estava testando seus irmãos para ver se eles ainda tinham as mesmas atitudes de ciúme e inveja. Eles ficariam ressentidos com Benjamim como ficaram com José por causa da túnica de várias cores? José deve ter vigiado e prestado atenção para cada uma de suas atitudes. Que teste perspicaz foi este da parte de José.
Conclusão: Os filhos mais velhos de Jacó passaram no teste. José deve ter se alegrado muito com as mudanças espirituais que viu neles. Eles tinham sido limpos do mal da inveja. Entretanto, era necessário mais um teste. Eles permaneceriam ao lado de Benjamim durante uma provação? Eles se preocupariam mais com ele e com os sentimentos do pai do que com o bem estar próprio? É o que veremos no próximo capítulo.