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quinta-feira, 23 de abril de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXXVII

ISAQUE ABENÇOA A JACÓ PENSANDO SER ESAÚ, JACÓ FOGE DA PRESENÇA DE SEU IRMÃO (Gn 27)

Este capítulo é rico em lições práticas para todos que dedicarem tempo na meditação destes eventos. Podemos aprender com a experiência adquirida através dos nossos próprios erros, ou por observarmos a vida de outros. Ao estudarmos a vida de outras pessoas, podemos aprender para onde certos caminhos levam, sem, no entanto ter que seguir os mesmos passos.

Rebelião (Gn 27.1-4): Isaque agiu aqui em completa rebelião contra Deus. Mesmo sabendo que Deus havia escolhido Jacó (Gn 25.23), ainda assim ele buscou satisfazer suas próprias preferências. Talvez por ser um homem introvertido, ele admirasse a masculinidade e o estilo de vida rude de Esaú. Sem dúvida, ele se justificou de alguma maneira, mas deveria ser espiritualmente maduro para ver a carnalidade e a incapacidade espiritual de Esaú ser abençoado. Isaque simplesmente não se submeteu ao plano de Deus.
Não é significante o fato de que nem Rebeca e nem Jacó soubessem dos planos de Isaque? Normalmente, quando alguém era abençoado toda a família estava presente na celebração. O fato de Isaque querer ocultar o seu feito, mostra a rixa que existia na família. O comportamento de Rebeca também demonstra que ela sentia que Isaque não tinha uma mente aberta para a razão.

Pragmatismo (Gn 27.5-17): O pragmatismo é a filosofia de que o fim justifica os meios. Atualmente, muitas pessoas sintam que contanto tentam fazer a vontade de Deus, todos os meios são válidos. Devemos aprender que a obra de Deus deve ser feita da Sua maneira. O propósito de Deus poderia ser realizado sem o comportamento pecaminoso de Rebeca e Jacó. Eles feriram a eles mesmos e a outros. Considere como Rebeca e Jacó prejudicaram o testemunho deles. Eles eram pessoas que queriam fazer a vontade de Deus, enquanto Esaú era um rebelde profano. Qualquer que ler esta passagem sentirá dó de Esaú e desprezará as atitudes de Rebeca e Jacó. O mundo não se importa tanto com a carnalidade dos pecadores quanto com as falhas dos santos. Vamos servir a Cristo de maneira santa (Rm 14.16). Somos pessoalmente responsáveis a Deus. As dificuldades que estiverem fora de nosso controle, devem ser deixadas a cargo do poder de Deus, e não manipuladas pelos nossos métodos antibíblicos.

Decepção (Gn 27.18-25): Jacó era um crente, mas veja só a sua conduta, ainda que influenciado pela sua mãe: Ele até tomou o nome de Deus em vão enquanto executava seus astutos planos [vers.20]. A sua fé o levou a desejar as bênçãos, mas ele buscou isso de maneira carnal. A tendência de pensar e agir pela carne, parece ter sido o pecado que constantemente o afligia. Os Cristãos neste mundo ainda estão sujeitos as fraquezas da carne. Como Pedro, nós conhecemos muito pouco as nossas próprias fraquezas (Mt 26.33-35).

A Benção (Gn 27.26-29): Esta benção não somente deu a Jacó benefícios materiais, mas a última parte do versículo 29 lhe assegura que as promessas feitas a Abraão se cumpririam através dele (Gn 12.1-3). Jacó faria parte da linhagem do Messias.
A. Rebeca, ao invés de confiar que Deus realizaria Seus planos, usou de fraude e de sabedoria carnal. Por causa disso, Jacó teve que fugir, e ela não pôde ver mais o filho favorito. A ameaça de Esaú foi motivada pelo plano dela. Isso nos lembra dos problemas que Abraão e Sara causaram a eles mesmos com o esquema que envolvia Agar.
B. Jacó, em virtude de sua trapaça, teve que sair de casa e se sujeitar aos astutos intentos de Labão e de seus filhos (Gn 29; 31.41). Ele também se viu forçado a assistir o seu caráter refletido na vida de suas esposas (Gn 31.19 e 34-35) e de seus filhos (Gênesis 34 e a história de José).
Finalizando, note que apesar de todos os esquemas e falhas dos homens, os decretos de Deus ainda são executados.

A Soberania de Deus (Gn 27.30-38): No versículo 29, vemos Isaque pensando que havia invertido o decreto de Deus. Aqui ele descobri que os propósitos de Deus são firmes (Pv 19.21). As palavras finais do versículo 33 refletem a conscientização de Isaque de que não pode haver mudanças no plano de Deus. Ele parece estar dizendo: "ele será abençoado, a despeito do que você ou eu gostaríamos, porque esta é a vontade de Deus".
Alguém pode sentir pena de Esaú, mas devemos lembrar que ele foi um homem ímpio que não somente foi indigno do direito de primogenitura e da benção, como também tinha conhecimento de que, pela vontade de Deus, estas coisas não pertenciam a ele. Hebreus 12.17 não é uma indicação de que Esaú estava arrependido de seu pecado, mas o desejo de que Isaque mudasse ou aniquilasse as bênçãos dadas a Jacó. Ele estava tentando aniquilar o plano de Deus. É triste o fato de que Esaú pudesse acusar Jacó de trapaça [vers. 36]. Como Jacó prejudicou o seu testemunho com tudo isso, se ele tivesse confiado em Deus e não na sua mãe teria sido, com certeza, diferente.

A Profecia (Gn 27.39-40): Esta profecia se cumpriu nos Edomitas que foram descendentes de Esaú como uma tribo. Eles nunca foram totalmente subjugados por Israel.

Plantando e Colhendo (Gn 27.41-45): Todos nesta família falharam diante de Deus e sofreram por isso: A. Isaque se rebelou contra Deus e viu seus planos dar em nada. Seu filho favorito se deu mal e sua casa ficou cheia de intrigas.
B. Esaú perdeu as bênçãos e sua alma. Ele foi um homem que não amou a Deus, e nem o Seu povo. O seu intento de assassino para com Jacó é uma manifestação do caráter dele.

Pais Tristes (Gn 27.46): O casamento de Esaú com mulheres pagãs foi uma grande carga para Rebeca e Isaque (Gn 26.35). Aqueles que amam a Deus não se sintam a vontade com a presença do mundanismo e a impiedade. Não há dúvidas de que os casamentos de Esaú acabaram produzindo muitas brigas e atritos no acampamento. Os Cristãos são orientados a se casarem com outros santos para o próprio conforto e edificação, como também para o bem estar espiritual dos seus filhos (2Co 6.14; Ml 2.15). Apesar de Esaú tomar conhecimento da viajem feita para encontrar uma noiva para Isaque (Gn 24), e do desgosto de seus pais a respeito de suas futuras noivas, ele não buscou uma mulher temente a Deus. Infelizmente, ele não tinha interesse em tais coisas.

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