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segunda-feira, 20 de abril de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXXIII

A MORTE DE SARA E SEU SEPULTAMENTO (Gn 23)

 

A Bíblia nos alerta muitas vezes para a realidade da morte. Deus está muito interessado e atento para a morte do Seu povo (Sl 116.15). A morte não é uma coisa desagradável, mas antes um tema proveitoso para a meditação do filho de Deus. A salvação nos liberta do medo da morte (Hb 2.15). A morte conduz o santo para a presença de Deus (Fl 2.21-23). A lembrança da morte faz o Cristão lembrar da importância das coisas espirituais.

 

Um Relato Singular (Gn 23.1-2): Sara é a única mulher cuja morte, enterro e mesmo a idade é apurada extensivamente nas Escrituras. Ela é a "Maria" do Velho Testamento e a mãe dos fiéis (2Pe 3.1-6).

 

Um Lugar para o Funeral (Gn 23.3-16): Não podemos deixar de notar a maneira refinada e a cortesia de Abraão. A oferta de Efrom (vers.11) pode ter sido mera cortesia, e não deveria ser levado a sério. Tais métodos de negócios são feitos em algumas partes do mundo. Quando Efrom mencionou o preço, Abraão pagou sem pechinchar, e obteve um lugar para servir de sepulcro à sua família. Abraão rendeu honra e respeito aos príncipes de Hete, embora eram ímpios cananeus. A religião da Bíblia nos ensina a respeitar devidamente a todos os que estão na autoridade, sem bajular suas pessoas nem alentar seus delitos se são pessoas indignas. A nobre generosidade destes cananeus envergonha e condena o caráter fechado, egoísta e áspero de muitos que se qualificam de israelitas, e cristãos. Não foi por orgulho que Abraão rejeitou a dádiva, ou porque detestasse ficar obrigado a Efrom, senão por justiça e prudência. Abraão podia pagar o terreno e, portanto, não quis aproveitar-se da generosidade de Efrom. A honestidade, assim como a honra, nos proíbem aproveitar-nos da generosidade de nosso próximo e impor-nos sobre os que dão livremente.

Vejamos agora as várias lições que podemos tirar deste episódio:

A.      A morte vem para todos. Nem mesmo os filhos de Deus estão isentos.

B. A morte encerra as nossas obrigações para, e as influências sobre a alma do indivíduo. Abraão estava interessado em enterrar o corpo de Sara, e não em fazer cerimônias ou orar pela sua alma. Todas as tentativas de beneficiar o falecido nada mais são do que superstições. A morte sela o destino da alma e leva a pessoa para o céu ou para o inferno.

C. Os adoradores de Deus têm sempre tratado o corpo do ente querido falecido com amor e respeito. Cristo morreu para remir tanto a alma quanto o corpo, e ambos são de Sua propriedade. O corpo é enterrado na esperança da futura ressurreição (2Co 15.42-44).

D. Os cristãos tem uma esperança viva de que nada pode nos separar do amor de Deus, nem mesmo a morte (Rm 8.35-39)

 

Enterro em Canaã (Gn 23.17-20): Deus prometeu a Abraão e a sua semente a terra da Palestina. Abraão morreu sem recebê-la, mas ele sabia que a promessa era certa (Hb 11.13). O fato de Abraão comprar um campo parece indicar não somente a necessidade de um lugar para enterrar seus familiares, mas também o seu desejo de obter um pedaço de terra em Canaã. Este foi o único pedaço da terra de Canaã que ele possuiu durante toda a sua vida. Ele tinha a intenção de ser enterrado na terra que ele e a sua semente herdariam (Gn 25.7-9). Na ressurreição ele vai ressurgir e reivindicar a promessa.

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