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quinta-feira, 23 de abril de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXXV

A MORTE DE ABRAÃO, O NASCIMENTO DE JACÓ E ESAÚ (Gn 25)

Neste capítulo termina a vida de Abraão e continuamos com o nascimento de seus netos. Poucas coisas nos são passadas a respeito dos últimos dias de Abraão. As Santas Escrituras seguem a linha de Cristo, e assim a narrativa logo se volta para Jacó.

Outro Casamento (Gn 25.1-4): Após a morte de Sara, Abraão se casou novamente e teve mais filhos (Gn 2.18). O fato de Abraão se casasse novamente foi para se cumprir o que Deus disse em Gênesis 17.4.

O Plano de Deus é Relembrado (Gn 25.5-6): Abraão relembra o plano de Deus para Isaque e o propósito da partida de Ismael. Ele sabia, no entanto, que estes outros filhos não deveriam ser deixados para desafiar a posição de Isaque como herdeiro da promessa e ancestral do Messias (Rm 9.7). Portanto, Abraão os enviou para outros lugares e lhes deu presentes, para que pudessem iniciar suas vidas de maneira próspera.

A Morte de Abraão (Gn 25.7-10): Abraão morreu sem perder a fé nas promessas de Deus. Ele não possuiu a Palestina e nem mesmo pode ver o Salvador chegar, mas ele sabia que as promessas de Deus eram verdadeiras (Hb 11.13). Abraão foi enterrado ao lado de Sara na terra em que ele ressurgirá um dia, no futuro reino de Deus, a fim de reivindicá-la. Note que a sua morte é descrita como ele sendo "congregado ao seu povo". Isto não se refere ao enterro, mas a imortalidade da alma. Nós nos reunimos com nosso povo quando morremos. Você faz parte do mundo ou da família de Deus?
Devemos observar que Ismael participou do enterro de Abraão. Isso nos revela que a ligação entre eles não foi totalmente cortada quando ele e sua mãe partiram. Algumas pessoas imaginam que talvez Abraão enviasse periodicamente alguma ajuda para eles.

Isaque é Abençoado (Gn 25.11): Isaque tinha uma vida pacata, mas próspera. Talvez a antiga aparição de Deus em Laai-Rói tenha atraído Isaque para aquele lugar (Gn 16.7-14).

As Gerações de Ismael (Gn 25.12-18): Lembre-se que a frase "Estas são as gerações de" ocorre dez vezes no livro de Gênesis. Gênesis é o livro dos inícios. E neste texto aparece a descendência de Ismael e fala também sobre sua morte, ele morre com 137 anos de idade.

A Concepção de Rebeca (Gn 25.19-23): O fato de Rebeca ser estéril foi uma prova tanto para Abraão quanto para Isaque. Isaque estava com sessenta anos antes que crianças nasceram. Talvez Abraão foi tentado a pensar que havia escolhido a moça errada para Isaque. Finalmente Isaque orou e Deus respondeu. Provavelmente Deus queria deixar claro que a Sua especial providência tomava conta do nascimento destes homens, pois através deles, Cristo viria ao mundo. Deus muitas vezes realiza a sua obra de maneira que a fé do Seu povo seja provada. Durante a gravidez Rebeca sentiu mais movimento do que o normal em seu ventre. Ela perguntou ao Senhor a razão disso; e ficou sabendo que esperava por gêmeos. Estes gêmeos seriam pais de duas nações (Edom e Israel). Os seus descendentes seriam uns tipos de pessoas bem diferentes.
No plano de Deus o mais jovem deveria ser o mais importante dos dois. Apesar disso parecer contrário aos costumes humanos, é desta maneira que Deus age muitas vezes no plano da eleição da graça (Rm 9.10-15). Deus não segue os caminhos da sabedoria humana.

Jacó e Esaú (Gn 25.24-28): Antes do nascimento destes dois meninos o Senhor já havia prometido que Jacó teria uma posição superior. Entretanto, parece que tanto Esaú quanto Isaque tinham determinado mudar isto. Esaú foi um esportista que viveu como um príncipe. Jacó era um homem simples e provavelmente ficava envolvido com o serviço duro de casa. Isaque favorecia Esaú e parecia determinado a mudar a vontade de Deus. Rebeca amava a Jacó e mais tarde usou de artifícios para promovê-lo. Olhando esta triste situação nós podemos tirar as seguintes lições:
A. Devemos sempre nos submeter à Palavra de Deus. Isaque e Esaú deveriam entender que Deus sabe o que é o melhor para nós.  B. O favoritismo é destrutivo em uma família. Ainda que tivéssemos uma proximidade especial com um de nossos filhos, nunca deveríamos permitir que isso ferisse ou magoasse os outros. É triste notar que as crianças a quem são devotadas o favoritismo, muitas delas são mimadas e arruinadas.  C. Deus não precisa de nossos artifícios para executar Seus planos. Tanto Jacó quanto Rebeca pecaram quando tentaram "auxiliar Deus". Isto fica evidente ao avançarmos no estudo.

Esaú Vende o Direito de Primogenitura (Gn24.29-34): A. Esaú era um homem natural (não regenerado). Ele só se interessava naquilo que podia ver. O seu coração estava colocado nas coisas deste mundo (Hb 12.16). O direito de primogenitura não significava nada para Esaú. Ele não se importava com as promessas de Deus e a vinda do Messias. Ele estava totalmente disposto a sacrificar o permanente pelo temporário. Ao desprezar o seu direito de primogenitura ele cumpre então o plano de Deus. (Nós valorizamos as oportunidades espirituais? Talvez as oportunidades espirituais que nos são oferecidas, através de um lar temente a Deus ou de uma Igreja onde somos criados, sejam o nosso direito de primogenitura. Quantos dão as costas ao evangelho por causa de alguns prazeres mundanos).
B. Há muitas coisas a respeito de Jacó que nós não gostamos. Em algumas ocasiões ele ludibriou e foi egoísta com Esaú, e ainda achava que era seu dever dar uma assistência a Deus. Entretanto, ele era um homem de fé, pois viu o invisível e o futuro. Ele valorizou o direito de primogenitura e queria as bênçãos espirituais de Deus. Jacó não pecou por desejar o direito de primogenitura. Pela promessa de Deus este direito já pertencia a ele. O crime dele foi na maneira em que ele procurou obter o direito de primogenitura. Ele deveria ter sido gentil com Esaú e deixar Deus tomar conta do futuro. Até mesmo aqueles que têm fé verdadeira, estão sujeitos a falhar pela fraqueza da carne.

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