ISAQUE VAI HABITAR EM GERAR, MENTE PARA OS MORADORES DE LÁ E FAZ UM ACORDO (Gn 26)
Isaque foi um homem de verdadeira fé, mas as suas falhas e fraquezas são plenamente registrados. Os filhos de Deus são nascidos do Espírito e têm uma fé imortal, mas ainda não estão livres da carne nesta vida (Rm 8.10). A Bíblia nunca ensina esta verdade ou recorda estas falhas a fim de justificar nossos pecados (1Jo 2.1), antes para dar entendimento do conflito que nos acompanha durante esta vida. O desejo pela redenção dos nossos corpos pecaminosos é uma das coisas que nos levam a ansiar ardentemente pelo retorno de Cristo (Fl 3.20-21). Como nós ficaríamos confusos se a Bíblia ocultasse estas falhas no caráter dos santos.
Provações na Terra prometida (Gn 26.1): A terra prometida não simboliza o céu, mas a vida de fé. Nós entramos no descanso celestial pela fé (Hb 4.1-3). Devemos aprender através das provações de Isaque, que as coisas nem sempre são fáceis na vida do Cristão. Existe fome e tentações na terra prometida (1Pe 4.12-13). Podemos, no entanto, nos alegrar pelo conhecimento de que nada acontece conosco fora do amor e da especial providência de Deus.
A Promessa Renovada (Gn 26.2-5): Os anos se passam, mas as promessas de Deus nunca mudam. As mesmas palavras ditas a Abraão, são confirmadas para Isaque. O passar dos anos parece muitas vezes zombar das promessas de Deus. Quão pouco os patriarcas devem ter entendido a respeito do que Deus estava fazendo. Entretanto, nós que agora temos a Bíblia completa, sabemos que Deus tinha um propósito para todas as coisas e manteve cada uma de Suas promessas. Que isso nos ajude a confiar quando nós não podemos compreender, e nos faça lembrar que o tempo não entorpece a memória de Deus de Suas promessas (2Pe 3.8-9). As promessas do Evangelho, que são preciosas para nós, podem ser recebidas com o mesmo vigor pelos nossos filhos (At 2.39).
O Filho da Fé Andando por Vista (Gn 26.6-76): Muitas lições podem ser colhidas aqui: A. Nem mesmo o maior e mais consagrado dos santos está imune as fraquezas espirituais. Até mesmo as recentes experiências de comunhão com Deus não nos protegem de futuros lapsos na fé. Devemos a cada dia buscar humildemente o poder de Deus de nos sustentar (Mt 6.13, 26.41). B. Não devemos esperar perfeição de ninguém, exceto de Deus. C. Muitas vezes nas Escrituras e em nossa própria experiência, nós vemos ou ouvimos de santos que tropeçaram. Ao invés de olharmos com uma atitude de orgulho, deveríamos humildemente considerar as nossas próprias fraquezas e perigos. Aonde Abraão caiu, Isaque deveria ter cautela. Em qualquer ocasião que vermos outros caindo, devemos tomar isso como um aviso pessoal (Gl 6.1). D. Este relato deveria fazer com que nós considerássemos o efeito do nosso pecado sobre outras pessoas. Se Abraão tivesse vencido pela fé a tentação a que foi submetido, Isaque talvez não teria seguido o seu exemplo (Gn 20). Nós precisamos considerar seriamente o efeito dos nossos exemplos sobre os nossos filhos.
Repreendido pelo Mundo (Gn 26.8-11): A vida do Cristão deveria ser uma repreensão ao mundo. A decepção de Isaque foi exposta, e o rei ficou muito chateado. Ao invés de confiar em Deus, Isaque comprometeu até mesmo a segurança espiritual de outra pessoa. Nós poderíamos mencionar aqui, que em virtude da graça comum, os santos algumas vezes encontram decência onde eles não esperam. Deus ainda trabalha neste mundo como uma força restringente. (Note que Abimeleque era um título e não um nome pessoal).
A Maldição da Inveja (Gn 26.12-16): A inveja é uma das emoções mais destrutivas (Pv 27.4). Quanta miséria é produzida tanto nos corações dos invejosos quanto na vida da pessoa invejada. Alguém disse que a única maneira de escapar da inveja é "não possuir nada, não fazer nada e não saber nada". Os Filisteus invejaram Isaque devido às bênçãos que Deus havia lhe dado. Que direito nós temos de invejar as bênçãos que Deus tem concedido a outros? Muitas das nossas fofocas e espírito crítico é fruto da inveja. Ela denúncia um espírito de ingratidão para com Deus e uma falta de amor para com o homem.
O Cavador de Poços (Gn 26.17-25): A. Isaque é mencionado sete vezes em conexão com a escavação de poços. Ele reabriu os poços que os inimigos de Deus fecharam. Isto tem sido usado muitas vezes para retratar a necessidade de reavivamento:
1. Nossos antecessores espirituais cavaram fundo para alcançarem as águas das bênçãos e da verdade.
2. Os inimigos de Deus têm obstruído os poços de bênçãos com falsas doutrinas e mundanismo.
3. Nós podemos encontrar a verdade e as bênçãos de Deus no mesmo lugar onde os nossos antecessores espirituais encontraram. Nós devemos remover o pecado e o falso ensino que tem obstruído estes poços.
B. Isaque nos dá um bom exemplo de como o Cristão deve evitar a disputa. Ele não foi um homem vingativo ou iracundo (1Pe 2.19-23). C. Após Isaque deixar as contendas deste mundo, ele encontrou comunhão com Deus (vers. 23-25). Muitos se tornam tão embaraçados com os negócios desta vida, que perdem a alegria de caminhar com Deus.
O Mundo Reconhece a Presença de Deus na Vida de Isaque (Gn 26.26-33): As bênçãos de Deus na vida de Isaque eram tão perceptíveis que os Filisteus começaram a temer isto. Eles propuseram uma aliança de paz com ele, pois temiam pela própria segurança. Hoje nós também podemos viver de maneira tal para que o mundo reconheça que Deus está conosco.
Uma Triste Prova (Gn 26.34-35): Isaque e Rebeca devem ter sofrido muito ao verem o caráter de Esaú (Hb 12.16). Abraão mandou buscar ao longe uma esposa para Isaque que conhecia "Jeová". As considerações espirituais não significavam nada para Esaú. Veja algumas lições importantes:
A. Os santos devem buscar pessoas tementes a Deus para se casarem.
B. Quando as crianças desapontam seus pais na escolha de um companheiro, estão provavelmente cometendo um grande erro (Pv 17.25).
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