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quarta-feira, 13 de maio de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XLI

JACÓ FOGE DA CASA DE LABÃO (Gn 31.1-24)

 

Finalmente chega a hora de Jacó retornar para casa. Ele agiu de acordo com a vontade de Deus ao deixar Labão, mas alguns pensam que talvez a maneira pela qual ele saiu, não tenha sido uma atitude de fé. Apesar disso tudo, Deus foi fiel em manter Sua palavra (Gn 28.15).

 

Conhecendo a Vontade de Deus (Gn 31.1-3): Uma das áreas em que os Cristãos têm mais dificuldades, é como saber a vontade de Deus. Embora devamos ser cautelosos em aplicar a experiência de alguém como regra geral, ainda assim, há alguns princípios básicos nesta época da vida de Jacó que vale a pena serem observados:

 

A. Jacó permaneceu em Padã-Arã por mais de vinte anos antes que Deus o chamou. É necessário paciência para aprender a vontade de Deus. Nós estamos sempre com pressa, porém Deus trabalha mais lentamente do que imaginamos. Ele também não nos dá uma direção específica a respeito de determinados assuntos, até que venhamos a ter a necessidade disso. O silencio de Deus durante certo período, é normalmente uma verdadeira prova para a fé.

 

B. Deus muitas vezes usa as circunstâncias para dirigir Seus filhos. Ele abre e fecha portas (At 16.6-10). Algumas vezes, até mesmo as perseguições são utilizadas para mover os santos a realizarem os propósitos de Deus (At 8.1-4). Jacó agora podia ver que a família de Labão o odiava. Eles viviam melhor com a presença dele, mas não estavam contentes por causa das bênçãos de Deus sobre ele. As acusações da família de Labão foram tão injustas que a ganância, a inveja e o mal que poderiam incentivar. Esta má conduta foi o instrumento que Deus usou para tirar Jacó daquele lugar. (Você pode enxergar um paralelo entre Jacó e José)?

 

C. Finalmente, Jacó recebeu a direção da Palavra de Deus [vers.3]. Neste caso, tanto a providência quanto a Palavra de Deus fizeram com que seus caminhos ficassem claros. A Palavra de Deus é o maior patrimônio que temos para discernir a Sua vontade (Sl 119.105). Quando a Palavra de Deus nos orienta claramente, nós devemos obedecê-la. A ordenança do batismo é um exemplo claro disso. Em outros casos, onde os assuntos não são tão claros, podemos nos orientar pelos princípios da Palavra de Deus, que certamente nos ajudam na escolha do caminho que devemos seguir.

Às vezes Deus nos mostra a Sua vontade por impressionar um certo dever em nossos corações. As pessoas descrevem isto como "Deus falando com eles". Ele também trabalha desta maneira, mas conhecendo a natureza do coração do homem, devemos tomar todo o cuidado para que estas impressões não sejam contrárias a Palavra de Deus escrita (Is 8.20).

 

Uma Boa Confissão (Gn 31.4-16): Para assegurar privacidade, Jacó chamou Raquel e Lia para fora no campo para que soubessem quais eram seus planos. Como foi maravilhosa sua confissão a respeito da bondade de Deus. Demonstrando verdadeira humildade, ele atribui todas as bênçãos à Deus (Tg 1.17). O sonho que ele menciona não é a mesma comunicação de Deus mencionada no versículo 3, mas uma anterior a esta. Nos versículos 10-12, aprendemos que Deus garantiu a Jacó que Ele faria com que os animais produzissem filhotes de cores mistas. É por isso que ele não temia as mudanças constantes de Labão para trapaceá-lo.

Nos versículos 14 a 16 vemos o mau caráter de Labão. Até mesmo suas filhas se sentiam usadas e ao mesmo tempo não amadas pelo pai. As riquezas adquiridas através de seus casamentos, deveriam ser usadas para o benefício futuro delas. Elas se sentiram deserdadas.

 

A Partida de Jacó (Gn 31.17-24): Jacó cuidadosamente escolheu o momento certo para partir. Labão estava fora tosquiando as ovelhas. Não há dúvidas de que Labão teria impedido ou até mesmo tentaria matar Jacó se estivesse presente ali. Alguns questionam, entretanto, se a astúcia que Jacó praticou é justificável. Labão o capturou de qualquer jeito. Não poderia Deus proteger Jacó até no Padã-Arã como também no Monte Gileade?

No versículo 19 vemos que Jacó não sabia que Raquel havia roubado os ídolos religiosos de Labão. Alguns acreditam que ela os levou porque Labão utilizava estes ídolos para se orientar, e desta forma ele ficaria impedido de seguí-los. De qualquer forma, isto prova que embora Labão tivesse conhecimento do Deus verdadeiro, ele praticava a idolatria. Até mesmo Raquel parece ter sido influenciada por isto.

Nada disso nos surpreende quando consideramos o fato de que Abraão foi chamado a sair do meio de uma família de idólatras (Js 24.14). Labão é um triste exemplo daqueles que conhecem o Deus verdadeiro, mas nunca O conheceram pessoalmente. Raquel ilustra o poder sedutor que a idolatria exerce. Vamos ser cautelosos, pois a idolatria não está de modo nenhum morta (1Jo 5.21).

No versículo 24, vemos uma vez mais, que até mesmo o ímpio está sob o domínio de Deus. Nada acontece aos filhos de Deus que não tenha a Sua permissão.

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