JACÓ CHEGA EM PADÃ-ARÃ E ENCONTRA RAQUEL, CASA-SE COM LEIA E RAQUEL (Gn 29)
A vida de Jacó provavelmente não foi, e nem é considerada importante pelo mundo, ainda que através dele as doze tribos vieram à existir. Nenhum de nós pode saber a verdadeira importância de nossas vidas (Dt 26.5), mas deveríamos ficar realizados pelo fato dos planos de Deus a nosso respeito serem maiores do que nós realmente pensamos.
Jacó Chega a Padã-Arã (Gn 29.1-8): Ao se aproximar do local de destino, Jacó encontrou alguns pastores e perguntou a respeito de Labão. Ele ficou muito contente ao saber que este estava bem, e também que sua filha estava a caminho, trazendo o próprio rebanho.
Várias coisas aqui são dignas de nota:
A. A memória de Jacó deve ter ficado inundada com as lembranças de Gênesis 24. Ele tinha ouvido muitas vezes a respeito da obra de Deus na vida de seus pais. Certamente Jacó deve ter pensado se a linda Raquel era a mulher que Deus havia escolhido para ele. A sua sugestão ao pastor para que partisse [vers. 7], era com certeza motivada pelo desejo de ficar a sós com Raquel.
B. Ficamos impressionados com o trabalho diligente de Jacó comparado com os preguiçosos pastores. Ele estava chocado com o desperdício de tempo em época de pastos verdejantes. Não é a toa que mais tarde os rebanhos de Labão aumentaram quando estavam sob os cuidados de Jacó (Gn 30.27). As crianças devem ser ensinadas na ética do trabalho correto.
Jacó se Encontra com Raquel (Gn 29.9-14): Jacó foi tomado de grande emoção ao encontrar Raquel. Esta alegria espiritual foi o resultado da fé de que Deus abençoaria sua viagem. Seu encontro com Raquel parece ter sido amor a primeira vista. Frustrado com os pastores, ele mesmo removeu a tampa do poço para dar água ao rebanho de Labão. Ele estava ansioso para acompanhar Raquel até a casa de Labão. Jacó nem imaginava que permaneceria ali por vinte e um anos. Vamos sempre nos lembrar da verdade de Tiago 4.13-15.
Uma História de Amor (Gn 29.15-20): Esta é uma das maiores histórias de amor de todas as épocas. Verdadeiramente a instituição do namoro e casamento é uma das maiores bênçãos de Deus para o homem (Gn 2.18). Perceba a alegria que Raquel trouxe para a vida de Jacó. O mundo erra ao pensar que a promiscuidade, antes ou depois do casamento, possa ajudar a encontrar o amor duradouro (2Sm 13.1-15). A monogamia e o sétimo mandamento (Êx 20.14) permanecem como uma muralha de proteção ao redor da instituição do casamento.
Semeando e Colhendo (Gn 29.21-30): Aparentemente Jacó nunca havia refletido a respeito de sua má conduta para com Esaú e Isaque. Deus, entretanto, não deixa passar em branco os pecados e fraquezas de Seus filhos. Aqui ele aprende o que é ser vítima da fraude. Deus estava castigando e mostrando à ele o mal de seu próprio pecado (Hb 12.3-11). Não podemos experimentar as bênçãos de Deus em nossa vida, enquanto mantivermos pecados não confessados (1Jo 1.7-9). Deus não se esquece.
Labão demonstra ser um homem fraudulento e cheio de artifícios. Mesmo que a desculpa do versículo 26 fosse verdadeira, um homem honesto teria avisado Jacó quando o contrato original foi feito. O comportamento de Labão revela um homem ganancioso que não se importava com os sentimentos dos seus filhos (Gn 31.14-15). Tudo o que importava a Labão eram os valiosos serviços de Jacó. O restante da história continua a revelar o seu triste caráter (Gn 31.41). Ter que conviver com um homem deste tipo deve ter impressionado profundamente Jacó a respeito do mal que o engano e a fraude podem causar.
Algumas pessoas têm perguntado como Jacó pode confundir Lia com Raquel. Certamente elas eram de estatura similar, e a noiva lhe foi entregue envolvida por um véu. Sob a escuridão da noite, ele nunca reconheceria a diferença. É evidente que Lia cooperou com o esquema de Labão. Ela provavelmente tinha um amor secreto por Jacó, e talvez temesse nunca se casar.
A Família de Jacó (Gn 29.31-35): Jacó se tornou um polígamo contra a sua vontade. Aqui podemos ver a tristeza causada pela poligamia. A história é repleta de inveja, tristeza, favoritismo, desapontamentos e artimanhas. Infelizmente, os problemas acabam atingindo até a vida dos filhos.
Notemos algumas lições deste evento:
A. O erro da inveja. Cada um tem de levar a sua própria carga. Lia não era amada, mas era fértil. Nós não podemos imaginar como uma mulher se sentia privilegiada por poder gerar filhos. Apesar de Raquel ser linda e amada, era estéril, e isso a amargurava muito (Gn 30.1). Não devemos nunca invejar alguém por sua sorte na vida. Nós sabemos muito pouco a respeito das cargas que outros carregam. Casas maravilhosas podem ser lugar de grandes misérias, enquanto em um casebre pode haver grandes momentos de alegria. Todos nós precisamos da rara jóia do contentamento Cristão (1Tm 6.6).
B. Embora o mal e a confusão dos negócios dos homens possam aparecer, os propósitos de Deus nunca podem ser frustrados. O cenário aqui é de ganância, inveja e competição, mas as tribos de Israel são trazidas à existência. Isto não justifica a depravação humana, mas ilustra a soberania de Deus na história do homem (Sl 76.10; Pv 19.21; Gn 50.20).
Um comentário:
A Paz
Alessandro
Seu blog tem verdadeiros sermão que passaram por você para serem escritos.
Quando puder venha nos visitar, escrevi sobre o Apelo Missionario de hoje.Abraço
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