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quarta-feira, 13 de maio de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XLII

A ALIANÇA ENTRE JACÓ E LABÃO (Gn 31.25-55)

 

Aqui vamos observar como Labão tenta acusar Jacó de ter roubado tudo o que ele possuía. Jacó se justifica e atribui ao seu trabalho e ao favor de Deus o fato de sua prosperidade. Vamos ver a aliança que Labão faz com Jacó.

 

Um Discurso Hipócrita (Gn 31.25-30): Cada palavra deste discurso é repugnante para uma pessoa honesta. Labão se descreve a si mesmo como um modelo de amor paternal, enquanto reputa Jacó como um salafrário. Mas o que podemos observar, em contraste com seu discurso, é que a conduta de Labão não era nada do que ele dizia de si mesmo. Vemos que ele não se importava na verdade com suas filhas (Gn 31.14-16). O que ele estava ressentido de ter perdido foi ás bênçãos de Deus vindas através da vida de Jacó. Poderíamos duvidar que alguém pudesse agir assim se não encontrássemos pessoas com este caráter hoje em dia. O Novo Testamento alerta que nos últimos dias estariam repleto de pessoas com tal índole (2Tm 3.1-5), pessoas que não se importa com outras pessoas, somente com os benefícios advindos das mesmas (2Pe 2.1-3).

 

Uma Resposta Honesta (Gn 31.31-32): Jacó deu uma resposta simples e honesta, a qual foi suficiente para expor as mentiras de Labão. Jacó conhecia a índole de Labão e sabia que ele não aceitaria sua partida. Muitas vezes Labão tinha enganado Jacó e agora Jacó queria se livrar das ciladas de Labão. Ele também se mostrou chocado com a possibilidade de um roubo, pois não sabia nada a respeito disso. Ele chega a dizer que se alguém fosse encontrado com o tal ídolo poderia ser morto, sem saber que quem fez tal coisa foi a mulher que ele amava. Até mesmo a própria esposa havia o enganado.

 

Tal Pai, Tal Filha (Gn 31.33-35): Raquel engana o pai e diz estar menstruada e não poder levantar da sela onde estava sentada. Sabe-se que as mulheres quando menstruadas ficavam cerimonialmente impuras e tudo aquilo que elas tocavam (Lv 15.20), ela sabia que seu pai não ousaria tocar na sela sobre a qual ela estava sentada. O fato de ela está sentada sobre os ídolos de seu pai demonstra o quanto eles eram pequeno e impotentes (Sl 115). Aqui Raquel demonstra o quanto foi influenciada pelo comportamento impróprio de seu pai. Por isso devemos nos lembrar sempre que nossas ações podem influencias as pessoas que nos rodeiam.

 

Labão é Repreendido (Gn 31-36-42): Vinte anos de frustrações levaram Jacó a "ferver" aqui. Sem dúvida, ele viu que Labão ficaria desamparado em virtude das ameaças de Deus.

Note suas observações:

A. Jacó queria saber porque estava sendo perseguido como um criminoso. Jacó fica furioso pois sabia que não tinha nenhum motivo para Labão vir até ele como se fosse um criminoso. Pois não tinha conhecimento do que Raquel tinha feito. Por isso que nesse momento ele fala tudo o que tinha para falar com Labão.

 

B. Jacó lembrou a Labão que sempre foi honesto e que trabalhou duro para ele. Ao contrário de Labão que sempre foi egoísta. Normalmente os pastores não eram responsáveis pelos animais mortos por predadores ou os abortados. Eles deveriam apenas apresentar as carcaças para provar que os animais tinham sido mortos pelas feras do campo. Jacó, entretanto, era responsável por cada animal de Labão. Qualquer animal perdido, independente da causa, deveria ser reposto do rebanho de Jacó, e assim Jacó procedia. Isso é algo incomum no meio dos evangélicos de hoje em dia, mas é um tipo de conduta incentivada por toda a Bíblia (1Co 6.6-8)

 

C. Jacó lembra que Labão constantemente tentava enganá-lo, e que Deus somente é quem o preservou. Jacó aqui mais uma vez testemunha a fidelidade de Deus para com ele e atribui a Deus a sua prosperidade. (Sl 44.1-8)

 

Uma Aliança (Gn 31.43-54): Antes de partir, Labão sugeriu que eles fizessem uma aliança. Ele reconheceu que Jacó era abençoado por Deus e Labão tinha chegado ao ponto de temer Jacó. Ele queria garantias de que Jacó não retornaria mais tarde para prejudicá-lo. É irritante ver como o velho hipócrita fingia que Jacó é quem necessitava ser vigiado.

Como uma prova da aliança, uma coluna foi erguida e um montão de pedras foi ajuntado sobre qual eles comeram pão. Nenhum dos homens deveria voltar e passar pelas pedras com intenção de prejudicar o outro.

 

Labão Retorna para Casa (Gn 31.55): Esta é a ultima vez que vemos ou ouvimos a respeito de Labão. Ele foi um triste exemplo de muitos que hoje em dia pensam somente em riquezas, e não tiram nenhum proveito das oportunidades espirituais que possuem. Labão não é diferente daqueles que nunca ouviram a respeito de Deus. Na vida dele não podemos tirar nenhum proveito , exemplo, de espiritualidade. Apenas de coisas carnais, por isso ele não é nada diferente de uma pessoa que nunca ouviu fala do Evangelho. É triste saber que muitos que estão dentro das igrejas seguem o mesmo exemplo de Labão, só pensão em benefícios terrenos, e são carnais.

Que vivamos nossas vidas sabendo que a nossa maior riqueza é ter a comunhão com nosso Deus e que a Salvação que ele tem nos dado de graça, pela Graça, nos seja sempre suficiente em nossa caminhada cristã. Que Deus seja louvado sempre.

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