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terça-feira, 11 de agosto de 2009

O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS

1. O nascimento virginal.

Quando falamos na humanidade de Cristo, convém iniciar com uma consideração do nascimento virginal de Cristo. As Escrituras afirmam claramente que Jesus foi concebido no ventre de sua mãe, Maria, por obra miraculosa do Espírito Santo e sem um pai humano.

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivesse antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo” (Mt 1.18). Logo depois, um anjo do Senhor disse a José, que havia desposado Maria: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.24-25).

O mesmo fato é afirmado no evangelho de Lucas, onde lemos sobre a aparição do anjo Gabriel a Maria. Depois que o anjo disse a ela que teria um filho, Maria perguntou: “Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?” O anjo respondeu:

“Descerá sobre ti o Espírito Santo,

e o poder do Altíssimo te envolverá com sua sombra;

por isso, também o ente santo que há de nascer

será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35; cf. 3.23-38).

A importância doutrinária do nascimento virginal é vista em pelo menos três áreas.

I. Mostra que a salvação em ultima analise deve vir do Senhor. Exatamente como Deus havia prometido que a “semente” da mulher (Gn 3.15) acabaria por destruir a serpente, Deus torna isso em realidade pelo seu poder, não por meros esforços humanos. O nascimento virginal de Cristo é um lembrete inequívoco de que a salvação jamais pode vir por meio do esforço humano, mas deve ser obra do próprio Deus. Nossa salvação deve-se apenas à obra sobrenatural de Deus e isso ficou evidente bem no inicio da vida de Jesus, quando “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4-5).

II. O nascimento virginal possibilitou a união da plena divindade e da plena humanidade em uma só pessoa. Esse foi o meio empregado por Deus para enviar seu Filho (Jo 3.16 / Gl 4.4) ao mundo como homem. Se pensarmos por um momento em outros meios possíveis pelos quais Cristo poderia ter vindo ao mundo, nenhum deles uniria com tamanha clareza a humanidade e a divindade em uma pessoa. É provável que Deus pudesse criar Jesus no céu como um ser completamente humano e enviá-lo para que descesse do céu à terra sem o beneficio de nenhum genitor humano. Mas nesse caso ser-nos-ia muito difícil ver como Jesus poderia ser completamente humano como somos, e Ele não faria parte da raça humana que descende fisicamente de Adão. Por outro lado, é provável que fosse bem possível para que Deus fazer Jesus entrar no mundo por meio de dois genitores humanos, pai e mãe, e com sua plena natureza divina miraculosamente unida à sua natureza humana em algum momento no inicio de sua vida. Mas então ser-nos-ia difícil compreender como Jesus seria plenamente Deus, uma vez que sua origem seria como a nossa em todos os sentidos. Quando pensamos nessas duas outras possibilidades, isso nos ajuda a compreender como Deus, em sua sabedoria, ordenou uma combinação de influência humana e divina no nascimento de Cristo, de modo que sua plena humanidade nos seria evidente pelo seu nascimento humano comum por meio de uma mulher, e sua plena divindade seria evidente por sua concepção no ventre de Maria pela obra poderosa do Espírito Santo.

III. O nascimento virginal também torna possível a verdadeira humanidade de Cristo sem a herança do pecado. Como sabemos que todos seres humanos herdaram a culpa legal e uma natureza moral corrupta do primeiro ancestral, Adão (ao que às vezes dá-se o nome de “pecado herdado” ou “pecado original”). Mas o fato de Jesus não ter tido um pai humano significa que a linha de descendência de Adão é parcialmente interrompida. Jesus não descendeu de Adão da maneira exata pela qual todos os outros seres humanos descendem de Adão. E isso nos ajuda a compreender por que a culpa legal e a corrupção moral que pertencem a todos os outros seres humanos não pertencem a Cristo. (Lc 1.35)

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