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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O PECADO

Introdução

Discutir sobre questões sobre o pecado não é algo muito fácil, pois pecar é errar, e quase sempre não reconhecemos, ou não queremos reconhecer, que erramos. O pecado mostra que não temos condições de sermos salvos por nossos méritos, e que ele(o pecado) nos separou de Deus e que é uma realidade que esta fixada no ser humano(Rm 3.23 “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;”). Realidade que nos traz a necessidade de um redentor para que por meio Dele possamos ser aceitos por Deus.

Falar sobre o pecado, de acordo com a Escritura, é descobrir quem somos de fato e qual a nossa posição diante de Deus, é reconhecer que sozinhos não temos condições de sermos salvos. A palavra de Deus nos constrange a aceitarmos a realidade do erro em nossa vida, a aceitar que somos pecadores. Pois o pecado não constitui-se apenas em atos isolados cometido no exterior de nossas vidas, vai muito mais alem do que isso, não é pelo fato de uma pessoa ser “boa moralmente ou ter atitudes exemplares” que esteja livre desta realidade. O pecado esta fixado no interior do ser humano. Todos temos pecado, e se dissermos o contrario somos tidos como mentiroso (1Jo 1.8 “Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, e não há verdade em nós.”).

A palavra pecado tanto no grego como no hebraico tem a conotação de “errar o alvo”, no grego= “Hamartia”, e no hebraico= “Chata’th”. Foi na realidade o que aconteceu com o homem, Deus ordenou “este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda”(Is 30.12), mas o homem “errou o alvo” ao desprezar a recomendação do Senhor, e passou a trilhar as veredas da rebeldia, como vemos em Gn 2.16-17 “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Deus ordenou o caminho e, em Gn 3.6, o homem desobedecendo a ordenança Dele, vemos Gn 3.6 “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do fruto, e comeu e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” Este é o sentido da palavra pecado.

Apesar do domínio, em todo ser humano, do pecado, ele(o pecado) se rende e se curva diante do Sacrifício do Calvário, que nos da vitória sobre ele e reata a comunhão, que o homem perdeu ao errar, com Deus. Vemos o amor e a misericórdia de Deus para com o homem que logo após ter errado, em Gn 3.6, Deus no versículo 9 do mesmo capitulo vai em busca do homem,” e chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: onde estás?”. Por isso temos a certeza do perdão e remissão do nosso pecado quando Deus proveu o sacrifício em nosso lugar.

Negar esta doutrina, ou defender de forma errada, implica, também, em não entender, segundo a Escritura, a doutrina da salvação. É o que falsas religiões e seitas fazem ao dizer que o homem não nasce com o pecado original,como o Islamismo, o judaísmo e o Espiritismo, ou ainda dizem que o pecado não existe como o Seicho-No-Ie. Mas se estudarmos o pecado em conformidade com a Escritura seremos convencidos desta realidade em nossa vida, mas também seremos convencidos de que há um remédio para o pecado, que Deus proveu no sacrifício de Cristo na cruz “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado”(1Jo 1.7)”.

A origem do pecado

Afirmar a origem do pecado não é tão fácil como se imagina. Pois sabendo que Deus é o criador de tudo alguns chegam a afirmar que seja Deus, também, o criador ou quem originou do pecado, devido alguns textos bíblicos mal interpretados, como Is 45.7 “Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal: eu, o Senhor, faço todas estas coisas.”. Mas fazendo uma analise da Escritura Sagrada vemos que o nosso Deus é perfeito em todas as suas obras. Culpar Deus pelo pecado seria uma blasfêmia ao seu caráter perfeito, justo e santo, pois a Bíblia diz sobre Deus em Dt 32.4 “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” Vemos Eliú dizendo, também, em Jó 34.10 “Portanto vós, homens de entendimento, escutai-me: Longe de Deus esteja o praticar a maldade e do Todo-Poderoso o cometer a perversidade!”, e Tiago ensina que é impossível Deus até sentir vontade, desejo, de praticar o pecado pois Ele não pode ser tentado, vemos em Tg 1.13 “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.”.

Assim, a respeito da relação de Deus com o pecado, podemos dizer que o pecado não teve origem em Deus, mas é correto dizer que Ele tenha permitido o pecado entrar em sua criação com um propósito estabelecido pela sua própria vontade, ou seja, cremos em um Deus soberano que tem domínio sobre tudo e todos e que o pecado precisou de uma permissão divina para entrar no universo, vemos em Ef 1.11 “Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade;”.

Com relação ao homem o pecado teve sua primeira ocorrência lá no jardim do Édem com a desobediência do homem. Deus da uma ordem ao homem em Gn 2.16-17 mas o homem desobedece ao Senhor fazendo o que Deus não mandou, Gn 3.6. É o que a palavra de Deus ensina, sobre a relação do homem com o pecado. Vemos na Escritura é ensinado que por um homem entrou o pecado no mundo, Rm 5.12 “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” E em Rm 5.19 “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.” E essa atitude do ser humano foi de sua própria responsabilidade, como vemos em Ec 7.29 “Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porem eles buscaram muitas astúcias.”

Mas a Bíblia não para por ia, em relação ao pecado. Antes do homem existir o pecado já tinha se iniciado na classe angelical. Uma serie de anjos ser rebelaram contra Deus como vemos em 2Pe 2.4 “ Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;”.

E ainda antes dos anjos pecarem, encontramos a origem do pecado em Satanás, Lúcifer, que era um anjo de destaque e veio a levar os outros anjos a pecarem. A Bíblia declara que o pecado foi achado pela primeira vez, em todo o universo, em lúcifer(portador de luz), como vemos em Ez 28.15 “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.”, vemos também em Is 14.12 . O apostolo João no evangelho diz em Jo 8.44 “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o principio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”, e ainda diz na sua primeira epistola: 1Jo 3.8 “Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o principio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.”.

O pecado com relação ao diabo, segundo a Escritura, é o que dera origem ao pecado, ou que teve origem nele (Satanás), que peca desde o principio e que vive levando os outros pecarem como vemos em 2Co 11.3 “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corronpidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.”.

A Universalidade do pecado.

O pecado em sua natureza é cósmico (universal). Nos da a entender que ninguém peca sozinho. O pecado é uma rebelião universal contra Deus e suas leis divinas.

Quando lúcifer se rebelou contra Deus contaminou a esfera espiritual do universo com o pecado. Quando Adão e Eva pecaram o pecado não se restringiu somente a eles, mas estendeu-se a toda raça humana. Sendo assim toda a raça humana é pecadora por natureza. Herdamos esta natureza de Adão, que era nosso representante legal, por ele o pecado entrou no mundo mas Deus nos proveu uma redenção e por meio desta redenção também somos libertos do pecado herdado, como vemos em Rm 5.12 e 19 “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.

Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um muitos serão feitos justos.” Na realidade nós não somos culpados pelo pecado de Adão em si, mas herdamos a tendencia ao pecado dele e todos nós acabamos pecando e somos culpados porque pecamos, pois, o pecado, é algo muito real e naturalmente em nossa natureza.

O pecado é algo muito mais sério do que muitos pensam, pois, para salvar os homens, do seu poder, foi necessário a morte de nosso Senhor Jesus Cristo, como vemos em Cl 1.20 “e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.” E mesmo assim essa salvação não foi recebida por todos. Por isso será necessário um julgamento universal para que o pecado seja erradicado totalmente com todos os seus efeitos.

A Bíblia apresenta o pecado como sendo algo universal vejamos: em 1Rs 8.46 “Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque)...” em 143.2 “e não entres em juízo com teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente” vemos também em Ec 7.20 “ Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque.” Vemos também em Rm 3.10 “como está escrito: não há um justo, nem um se quer.” Rm 3.23 “Porque todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus,” e em 1Jo 1.8 “Se dissermos que não temos pecado, enganamos-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.”

Como vimos, nos versículos citados acima, nos da a idéia de todos temos pecado e que esse mal é universal. A Bíblia não isenta ninguém desse mal mas declara claramente que todos nos somos de fato pecadores. Por isso a Bíblia também apresenta uma necessidade universal de expiação, de regeneração e de arrependimento, como veremos em alguns versículos citado a seguir: Jo 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3.3 “Jesus respondeu e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” At 17.30 “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam.”

Todo membro da raça humana, sem exceção, possui uma natureza corrompida, que é a fonte do verdadeiro pecado, que por si mesma, essa natureza, já é pecado. O ser humano não se torna pecador ao cometer o pecado, delito ou falha, ele já é pecador antes mesmo do seu nascimento. Davi no salmo 51.1-5 declara que nasceu na realidade do pecado Sl 51.1-5 “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares. Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”, e em 58.3 diz que os ímpios erram o caminho desde o ventre. Nós vemos essa realidade na vida de nossas crianças, que os pais não precisam ensinar elas pecarem mas a tendência pecaminosa dentro de todos os seres humanos faz com que eles pequem naturalmente. Por isso que o apostolo Paulo que merecíamos a ira em Ef 2.3 “entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”

E por causa desta natureza que esta em nós somos totalmente incapazes de fazer o bem espiritual perante Deus, sozinhos, por isso Paulo reconhece essa realidade em sua própria vida em Rm 7.18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.” Quando vemos que o ser humano é incapaz de realizar o bem espiritual não quer dizer que alguém não possa fazer o bem em uma sociedade, mas que em relação a Deus é impossível que o ser humano possa realizar algo de bom. Na verdade só agradamos a Deus confiando na justiça perfeita de nosso Senhor Jesus Cristo. Porque diante de Deus todas as nossas atitudes são reprováveis, são como trapos de imundícia como vemos em Is 64.6 “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam.” Vemos que as nossas JUSTIÇAS são, diante de Deus como trapos imundos, as nossas melhores obras são reprovadas por Deus, e por isso mesmo que o homem sem receber Cristo com salvador não tem como se apresentar perante Deus . Se confiarmos somente nas nossas obras para sermos aceitos por Deus estamos literalmente perdidos pois não há nada de bom em nós seres humanos, se não vier do Senhor.

Nós vemos essa idéia de o pecado ser universal, também, fora da Bíblia. Pois em sua maioria, a humanidade, crê que em todo ser humano existe algo de errado, mesmo quando não se acredita na realidade do pecado, como muitos não crêem, como a Bíblia declara, é de comum senso que há em todo ser humano algo errado e é expressado por frases como: “Ninguém é perfeito” ou “todo homem tem seu ponto fraco”

E temos também a idéia de vários nomes da literatura que afirma esta verdade, a saber: “Evita o juiz, pois todos somos pecadores.-(Henrique VI). Quem há, entre os vivos, que não seja corrompido ou não corrompa?-(Timão de Atenas). Todo ser humano sabe de si mesmo coisas que ele não tem coragem de contar ao seu amigo mais intimo.-(Dr. Johnson).

Vemos, assim, que a realidade do pecado universal é claro e que todos necessitamos de um redentor , para nos livrar dessa realidade e dos efeitos vindouros do juízo de Deus sobre o pecado. Devemos analisar e aplicar em nossas vidas o que encontramos nesta matéria, reconhecendo que somos de fato pecadores e que, sem a operação de nosso Senhor Jesus em nossas vidas, estamos distante de Deus e perdidos e sermos verdadeiramente dependentes de Deus para que assim possamos ter um posição legal perante Deus, por intermédio do poderoso sacrifício de Cristo, como vemos em Rm 5.1 “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;”, esta paz que Paulo diz que temos, não é apenas um sentimento pacifico, ou uma tranqüilidade, é a paz de estarmos reconciliados com Deus, de não haver mais hostilidade entre nós e Ele, de nenhum pecado bloquear nosso relacionamento com Deus. E essa paz só é possível porque Jesus pagou o preço por nossos pecados ao morrer na cruz.

Conseqüência do pecado na vida do cristão.

Devemos entender que ser cristão não é ser perfeitos. O cristão tem em sua vida a realidade do pecado original, e até mesmos pode vir a cometer o pecado. O apostolo João escreveu que se dissermos que não temos pecado enganamos a n´s mesmos, em 1Jo 1.8. Paulo declara que não há nenhum justo se quer, em Rm 3.9-10. mas também ensina que devemos viver de uma forma diferente da qual andávamos anteriormente, em Ef 2.1-2 e 2Co 5.17. devemos fugir da aparência do mal.

Mas devemos entender que estamos sujeitos a cair, e quando cometemos um ato pecaminoso existem conseqüências que, se cairmos, deveremos enfrentar.

Primeiramente devemos enteder que nosso pecar não pode mudar a nossa posição legal diante de Deus. Ele ainda é perdoado, pois como vemos em Rm 8.1 “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...” Porque a salvação e uma posição legal diante de Deus não depende de nunhum merito nosso, mas é dom de Deus, é algo que Cristo pagou o preço por nós, Rm 6.23 “...mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.” Pois o preço que Jesus pagou foi por nossos pecados passados, presentes e futuros. Em termos telogicos mantemos nossa “justificação”.

Não deixamos de ser filhos de Deus quando pecamos, a Biblia diz em 1Jo 1.8-10 “Se dissermos que não temos pecado, enganamonos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo nos para os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” O fato de termos pecado não tira nossa posição na familia de Deus, nós vemos o proprio apostolo Paulo afirmando que mesmo sendo imitador de Cristo em 1Co 11.1 ele mesmo diz em Rm 7.15-25 que pecava mesmo sem querer. Devemos entender que a posição de sermos feitos filhos de Deus não foi por nenhum esforço nosso, mas porque Cristo conquistou isso por nós quando morreu na cruz do calvario, e não existe nada que possa nos separar do amor de Deus que esta em Cristo. Rm 3.23-24 “Porque todos pecaram e destituidos estão da gloria de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.”

Ainda que o pecado não pode mudar nossa posição legal diante de Deus e nem a nossa filiação, existe um grande perigo no ato pecaminoso. A afirmação de J. Blanchard, que diz “O pecado não é um brinquedo – é um tirano”, nos ajuda a compreender que não é bom brincar com o pecado. Pois uma grave consequencia do pecado é macular, prejudicar, nossa comunhão com Deus.

Quando pecamos, embora Deus não deixar de nos amar, Ele fica desgostoso conosco. (mesmo entre os seres humanos, é possivel amar alguem e ao mesmo tempo ficar desgostoso com essa pessoa, como pais, esposa ou maridos podem atestar.) Paulo afirma que é possivel entristecermos o Espirito Santo de Deus em Ef 4.30 “ E não entristeçais o Espirito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.”. vemos tambem o Pai diciplinado os filhos pelos seus erros, o autor de Hebreus declara que da mesma forma que um pai terreno se entritece e diciplina seu filho, assim é o Pai celestial quando nos corrige em amor.(Hb 12.9-10). E em Apocalipse 3.19 vemos o Senhor Jesus ressurreto dizendo “Eu repreendo e castigo a todos quanto amo; se pois zeloso, e arrepende-te.”. Assim vemos que a nossa comunhão fica prejudicada e é, muitas vezes, necessario o Senhor nos repreender e até castigar-nos com consequencias do pecado para que voltemos a viver uma vida de retidão. Alem de prejudicar a nossa comunhão, o pecado també afeta e danifica a nossa vida cristã. Pois vemos no evangelio de João que devemos estar em comunhão com Cristo para prosseguir a dar frutos, vemos em Jo 15.4 “Estai em mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim tambem vós, se não estiverdes em mim.”

Quando pecamos também, podemos perder parte do nosso galardão, pois o galardão será entregue conforme as nossas obras, 2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”

Temos tambem que tratar do caso de pessoas que pelo fato de se associarem a uma determinada igreja e vivem pecado desordenadamente, pois se tal pessoa assim vive em conformidade a sua vida e não há um crescimento espiritual ou moral, pode ser que tal pessoa não passou por um novo nascimento. Pois é possivel que tenhamos em nossas igreja pessoas que ainda não se entregaram a Deus de forma que Ele possa o regenerar, pois vivem conformados com a vida pecaminosa que vivem. Não podemos iludir tal tipo de pessoa com uma falsa esperança de que estejam ainda justificados, se na realidade nunca foram, esse tipo de pessoas são os chamodos cristãos nominais, Mt 7.21-23 “Nem todo que me diz: Senhor,Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos diram naqueledia: Senhor,Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: nunca vos conheci; apartai-vos de mim vós que praticais a iniquidade.” O critão em sua caminhada deve ser de crescimento e de perseverança, em santidade e obediencia, não podemos ser conformados com o pecado. Uma pessoa que viva associada com o pecado sem se preocupar em mudar de atitudes, é uma evidencia de que a pessoa nunca fora, na verdade, convertida, Rm 12.2 “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformado pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradavel, e perfeita vontade de Deus.”

Não devemos jamais ter paz com o pecado nem paz no pecado, o pecado deve ser nosso inimigo como é de nosso Senhor. Por isso que vemos em grande parte do Novo Testamento, nas epistolas, os autores não pouparam forças e argumentos para exortar os irmãos primitivos acerca dessa realidade. Devemos ser servos de Deus e não escravos do pecado, porque a quem nós se subjugamos seremos escravos como está escrito em Rm 6.16 “Não sabeis vós que quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte ou da obediencia para a justiça.”

Portanto, podemos chegar a seginte conclusão: que o verdeiro cristão ate pode chegar a pecar, mas se redime de seus pecados e se esforça para que não seja escravo do pecado. Pois quando peca ele se entristece por ter deixado o seu Deus triste com seus atos, ele mesmo reconhece e reprova as suas atitudes pecaminosas, como Paulo escreve em Rm 7.15-25, o pecador remido foge do pecado, mas o pecador que não foi remido ou regenerado corre em direção ao pecado.

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