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terça-feira, 2 de março de 2010

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - LVIII

JACÓ E SEUS FILHOS SÃO APRESENTADOS AO FARAÓ E A FOME SE AGRAVA (Gn 47)

Ainda que os propósitos de Deus se desdobrem de forma lenta, eles nunca deixam de ser executados. Vemos aqui Israel entrando no Egito e quatrocentos anos mais tarde, eles sairiam de lá de acordo com a promessa divina, (Gn 15.13-14). Quantas vezes o povo de Deus, em meio as provações, se esquecem de que fazem parte de um plano muito mais abrangente.
Uma Entrevista Com Faraó (Gn 47.1-4): O Faraó é tratado com muito respeito, e nada é duvidado. Os filhos de Deus nunca deveriam provocar ou irritar desnecessariamente aqueles que exercem autoridade (Rm 13.1-7). Alguns pensam que o Evangelho lhes dá o direito de desprezarem as leis humanas. Nós deveríamos, no entanto, reconhecer que a autoridade de Deus está presente na legítima e justa forma de governo.
José trouxe cinco dos seus irmãos para uma reunião com o Faraó. Provavelmente, o restante estaria cuidando do rebanho. Estes cinco deveriam comunicar estas três coisas ao Faraó:
A. Eles eram pastores. Baseado em Gênesis 46:34, esta era sem dúvida uma confissão difícil de fazer.
B. Eles eram apenas peregrinos e não tinham intenções de serem naturalizados. José parece ter entendido a importância de Israel permanecer separado como nação. Nós podemos ver nisso tudo uma figura da separação que o Cristão deve ter do mundo (1Pe 2.9;  Jo 15.19).
C. Eles desejavam habitar em Gósen.
O Pronunciamento do Faraó (Gn 47.5-6): O Faraó gentilmente manteve a sua promessa, ainda que isto representasse muito pouco comparado com o benefício que José trouxe ao Egito. José não tinha interesse de que seus irmãos trabalhassem para o Faraó. Ele desejava que o povo de Israel ficasse separado dos Egípcios.
O Menor é Abençoado pelo Maior (Gn 47.7-10): O Faraó era o homem mais poderoso na terra, entretanto, não podemos ler esta passagem sem ficarmos impressionados pelo fato dele ter encontrado um homem superior a ele. Isto é confirmado em Hebreus 7.7, onde a grandeza de Melquisedeque é demonstrada quando ele abençoa Abraão. É mencionado duas vezes que Jacó abençoou o Faraó. As pessoas deste mundo, pouco ou nada sabem sobre o que a eternidade revelará a respeito da verdadeira e relativa grandeza (Dn 12.3; Pv 10.7). Se esforce para ser grande aos olhos de Deus.
Note as palavras de Jacó para o Faraó:
A. Ele abençoou o Faraó - Sem dúvida esta benção era uma invocação ao Deus Todo-Poderoso. Os santos deveriam tanto desejar quanto orar para que as bênçãos de Deus sejam derramadas sobre a vida de outras pessoas (1Tm 2.1-2).
B. Jacó explicou que os seus dias tinham sido poucos. A vida mais longa que alguém possa ter, é curta, quando comparada com a eternidade. Nenhum homem chegou a viver por mil anos, que aos olhos de Deus é apenas como um dia (2Pe 3.8).
C. Jacó explicou que os seus dias tinham sido maus (cheio de tribulações e preocupações). A vida é difícil e cheia de tribulações (Jó 14.1). Muitas vezes nós agimos como Jacó e aumentamos a nossa carga por não buscarmos a direção de Deus para as nossas vidas (Pv 3.5-6). Tenha compaixão de qualquer pessoa que não tenha Deus para confortá-lo nesta vida (2Co 4.17).
Não devemos pensar que Jacó estava expressando ingratidão ou tendo uma atitude negativa para com a vida. Por duas vezes ele usar a palavra peregrinação, ele dá a entender que a sua real e futura esperança é de ordem espiritual. Nós, como Cristãos, também reconhecemos que até que cheguemos ao céu, nos importa passar por muitas tribulações (At 14.22).
A Divina Provisão (Gn 47.11-12): Os caminhos de Deus às vezes nos parecem estranho, embora Ele faça com que tudo coopere para o nosso bem (Rm 8.28). Aqui Jacó aprendeu que a provação sofrida pela perda de José foi um meio pelo qual eles foram salvos da fome. Que aprendamos a dar graças mesmo quando não compreendemos (1Ts 5.18).
 A Fome (Gn 47.13-22): A passagem nos mostra que somente a visão profética de José é que foi capaz de salvar a nação do Egito e a terra de Canaã da fome. É só pensarmos um pouco e veremos que o plano utilizado para alimentar o povo não era cruel, como talvez possa parecer. E também não expressava nenhum ressentimento. Em uma situação onde todos dependem da ajuda do governo, a administração deve ser muito criteriosa. (A preferência dada ao sacerdote pagão estava além do controle de José).
Os Impostos (Gn 47.23-26): Enquanto a fome fosse extinguida, José planejou um sistema para restaurar a agricultura. Este plano demonstra que José não tratava injustamente o povo. O governo fornecia a semente e cobrava vinte por cento da produção como imposto. Se você pensa que isto é injusto, tente calcular o quanto pagamos de taxas e impostos neste país. Lembre-se também que somente podemos possuir um pedaço de terra se pagarmos os devidos impostos por ela.
O Pedido de Jacó (Gn 47.27-31): Jacó acreditava que Canaã era a terra prometida. O seu coração sempre esteve lá. Embora não pudesse morrer em Canaã, ele desejava ser enterrado junto com os seus pais. Este pedido revela a sua fé nas promessas de Deus (Gn 15.13-16; Hb 11.21-22).

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