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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XXIV

UMA NOVA ALIANÇA DE DEUS COM ABRAÃO (Gn 15.7-21)

Na passagem de Gênesis 15:7-21, o Senhor alargou a promessa feita a Abraão, e a selou fazendo uma aliança incondicional com ele. Aqui há muitas coisas que podemos aprender da natureza da graça de Deus em nossa própria salvação.

A Confirmação (Gn 15.7-8): Aqui o Senhor reafirma Sua promessa de dar a Palestina para Abraão e sua semente. Quando Abraão pede uma prova para confirmar esta aliança, ele não parece estar demonstrando um espírito de descrença. Ele tinha fé em Deus, e parece ter sentido que Deus desejava dar provas tangíveis de Suas intenções. Todos os que são salvos recebem provas da certeza da futura herança que Deus lhes preparou (Ef 1.13-14). (Deus, em muitas ocasiões, condescende à fraqueza do homem) (Gn 24.10-14; Jz 6.36-40).

A Aliança (Gn 15.9-10): Nos tempos antigos, a forma mais forte de demonstrar lealdade e confiança era baseada na aliança descrita aqui. Os homens que desejavam fazer uma aliança matavam e desmembravam vários animais de seus rebanhos, em seguida, eles caminhavam entre as partes desmembradas. Desta maneira ficava implícito, que o que aconteceu aos animais, aconteceria com aquele que quebrasse a aliança (Jr 34.18-20).
Que maravilhosa graça o nosso Poderoso Deus demonstrou quando abaixou-se em fazer este tipo de aliança com os homens. O Senhor tem sempre dado ao homem a certeza de Suas intenções de manter Suas promessas (Hb 6.16-19).

A Vigilância de Abraão (Gn 15.11-12): A visão de Abraão certamente durou de uma noite até a outra. O dia inteiro ele protegeu os animais sacrificados das aves famintas. Isto nos ensina a necessidade de vigilância em nosso relacionamento com Deus. Nossas orações e alianças com Deus exigem que gastemos tempo diante do Senhor, até que recebamos evidências de que fomos ouvidos (2Co 12.8-9). Nas Escrituras, as aves muitas vezes representam maus espíritos (Lc 8.5 e 12). Vamos tomar cuidado com os pensamentos vãos e as intrusões Satânicas que atrapalham a nossa vida de oração.

Deus Fala (Gn 15.12-16): Enquanto a noite se aproximava, Abraão caiu em um profundo sono. Antes de confirmar a aliança, Deus explicou para ele o Seu futuro plano. Deus sempre dá ao Seu povo algum grau de conhecimento a respeito do futuro (Jo 15.14-15).
A. A semente de Abraão seria estrangeira em uma terra possuída por outros [Egito].
B. Lá eles seriam escravos.
C. A aflição deles duraria 400 anos
D. Deus julgaria a nação que os escravizaria (Êx 7 – 14)
E. Israel sairia enriquecido ao deixar esta terra (Êx 12.35-36)
F. Não há dúvidas de que Abraão estava imaginando se algumas destas coisas ocorreriam em sua época. A resposta foi "não", mas ele poderia estar certo de que teria uma vida longa.
G. Após passar por estas aflições, eles retornariam para Canaã.
H. Uma das razões pela qual a herança de Israel sofreria este atraso, seria porque os habitantes originais de Canaã não estavam prontos para serem julgados. Todos os habitantes de Canaã são chamados de Amorreus pelo fato de serem a tribo principal (Portanto, aprendemos que Deus na sua graça comum estabeleceu limites para a Sua longanimidade com as nações. Não há evidências nas Escrituras de que esta mesma verdade se aplique individualmente? (Hb 4.7; 1Ts 2.16; Ap 2.20-23). Muitos pregadores sinceros têm ridicularizado desta verdade de abusar da longanimidade de Deus por falharam em fazer uma distinção entre a graça comum e a graça salvadora.)

A Graça (Gn 15.17-21): Na escuridão, Deus confirmou a aliança passando entre os animais desmembrados. Sua presença se deu através do fogo (Dt 4.24) que era a forma normalmente conhecida pelos povos nômades. O forno (braseiro), era para lembrar a presença de Deus com Israel em seus futuros sofrimentos (Jr 11.4). A tocha era uma figura da direção de Deus para o Seu povo (2Sm 22.29).
A graça de Deus foi tremendamente manifestada quando somente Ele passou no meio dos animais desmembrados. De acordo com os costumes, ambas as partes teriam que passar no meio dos animais desmembrados e então teriam uma responsabilidade igual em guardar a aliança. O fato de que Deus incapacitou Abraão, a fim de que somente Ele pudesse passar pelos animais, é significativo. Ele estava demonstrando que a Sua aliança seria incondicional. As promessas da aliança feitas a Abraão não dependeriam de sua fidelidade, mas somente de Deus. No futuro, Israel saberia que as promessas que havia recebido estavam baseadas na graça imerecida de Deus. Não era pela santidade ou honestidade de Abraão, mas pela fidelidade de Deus em manter Sua promessa.
Isto por acaso não ilustra a nossa própria segurança na salvação? Deus se responsabilizou por toda nossa redenção. Nossa esperança não esta baseada em nossa bondade, mas na promessa incondicional de Deus (2Tm 1.9; Rm 8.33-39). O efeito é engrandecido quando nós consideramos que os animais sacrificados foram todos usados nas ofertas Levíticas durante o regime da lei, e assim eram símbolos de Cristo. Eles representavam o que aconteceria com aqueles que quebrassem a aliança. Todos nós somos transgressores da lei e da aliança, mas Cristo pagou pela culpa dos nossos pecados (Rm 8.3, 5.8). Através da Sua morte, Deus poderia conceder uma salvação inteiramente pela graça para o Seu povo (Tt 3.5-7).

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