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terça-feira, 14 de julho de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - LI

JOSÉ INTERPRETA DOIS SONHOS NA PRISÃO (Gn 40)

Em certas ocasiões, José deve ter sentido que a vida dele não tinha sentido, e que era totalmente injusta. Sem dúvida, ele foi tentado a pensar que Deus não estava se importando com as suas provações. Como é maravilhoso recordar que a vida de José foi um exemplo marcante da providência especial de Deus sobre o Seu povo. Isto deve servir para o nosso conforto quando a vida parecer estar fora de controle.

Prisioneiros Importantes (Gn 40.1-4): Esta era uma prisão especial onde os funcionários do alto escalão eram enviados. Aparentemente, a casa de Potifar ficava junto a esta prisão [compare Gênesis 40.3 com Gênesis 39.1].

Depois de algum tempo que José tinha recebido a responsabilidade de supervisionar os prisioneiros, dois servos do Rei foram encarcerados lá. Não sabemos nada a respeito da culpa ou da inocência destes homens. O que fica evidente, é o fato do aprisionamento destes homens fazer parte dos planos de Deus. O momento, os sonhos, etc., tudo se encaixa perfeitamente no propósito de Deus.

Os Sonhos (Gn 40.5): Deus antigamente falava por intermédio dos sonhos. Os antigos Egípcios eram muito interessados na interpretação dos sonhos, e estes em particular, tinham a finalidade de impressioná-los. Se estes homens estivessem fora da prisão, certamente consultariam um interpretador profissional de sonhos. Havia muitos deles no Egito.

O Intérprete (Gn 40.6-8): Ao amanhecer, José notou o semblante triste daqueles homens. Sabendo do interesse deles, ele se ofereceu para interpretar os sonhos. Por iluminação divina, ele estava ciente de que possuía este dom profético. Provavelmente ele sabia a interpretação dos sonhos que Deus lhe dera anteriormente. Ele tinha vários motivos para não acreditar mais na Palavra de Deus dada por meio de sonhos. Porém ele demonstra estar confiante nas promessas de Deus ao interpretar os sonhos dos dois companheiros de cela dele. Devemos sempre confiar nas promessas de Deus, feitas por meio de sua Poderosa Palavra (Mt 24.35).

O Sonho do Copeiro (Gn 40.9-15): Logo após José interpretar o sonho, pediu ao copeiro que não se esquecesse dele no futuro. Ele expôs a sua causa e inocência, e também esperava sair em breve da prisão. Entretanto, o copeiro se esqueceu de José, e o deixou desapontado. Vamos lembrar que se nós compreendermos os planos de Deus, ficaremos alegres até mesmo diante dos desapontamentos (1Ts 5.18).

O Sonho do Padeiro (Gn 40.16-19): A interpretação deste sonho confirmou que José era verdadeiramente inspirado por Deus. Talvez as interpretações corretas destes sonhos, ajudaram José a reafirmar sua confiança nos seus próprios sonhos.

Algumas pessoas têm perguntado se José sentiu alguma compaixão pelo padeiro. Apesar dele sentir pena, não há razão para pensarmos que o padeiro não merecia tal punição. Quem sabe foi descoberto que o copeiro era inocente e que o padeiro era culpado do fato, que não sabemos, que os levou para a prisão.

Esquecimento (Gn 40.20-23): Provavelmente, o copeiro estava se sentindo em uma posição tão delicada diante do Faraó, que estava com medo de ajudar José. Talvez ele estivesse com medo de contrariar a esposa de Potifar. De qualquer forma, a raça humana é repleta de pessoas ingratas.

Duas considerações:

A. O copeiro não sabia que a sua ingratidão seria relembrada pela posteridade. Quantos como Pilatos ou Judas, nem imaginaram que seus atos infames seriam lembrados. Não podemos esquecer que todos os não salvos um dia terão suas próprias vidas declaradas publicamente (Ap 20.12).

B. José foi esquecido pelo copeiro, mas não por Deus (Hb 13.5-6). A ingratidão do copeiro fez com que tudo se encaixasse no tempo proposto por Deus. A depravação do homem não impede o propósito soberano de Deus.

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