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terça-feira, 14 de julho de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - LII

JOSÉ INTERPRETA O SONHO DE FARAÓ E SE TORNA GOVERNADOR DO EGITO (Gn 41)



A vida de José pode ser dividida em três etapas. Ele cresceu e foi criado na segurança do lar dos seus pais. Sendo vendido como escravo, passou muitos anos de sua vida como prisioneiro ou em regime de escravidão. Aqui podemos vê-lo sendo exaltado.

O Sonho do Faraó (Gn 41.1-8): Em um recente documentário da T.V, a respeito do antigo Egito, a importância dos sonhos naquela cultura foram muito enfatizados. Alguns dos seus livros mais importantes são voltados para este tema. Grandes templos foram dedicados para este aspecto da vida. Líderes religiosos e homens sábios gastaram suas vidas interpretando sonhos. Talvez isto explique porque Deus escolheu este meio para falar com o Faraó. Enquanto dormia, o Faraó teve um sonho bizarro e perturbador. Sete vacas gordas e formosas subiam do rio Nilo para se alimentarem. E após elas subiram sete vacas magras e feias que as devoraram. Entretanto, era chocante notar que elas não engordaram nenhum pouco. Os sonhos se repetiram novamente, só que em vez de vacas, agora eram espigas.
Deus fez com que o Faraó ficasse impressionado com a seriedade destes sonhos. Nosso Senhor não tem dificuldades para pegar a atenção do homem. Um dos homens mais poderosos da terra estava tremendo de preocupação. Como temos notado em nossos estudos, "Deus governa mesmo entre os grandes poderosos da terra" (Pv 21.1). Nenhum dos mágicos ou dos homens sábios do Faraó puderam interpretar o sonho. Era necessário que eles falhassem para provar ao Faraó que Deus estava verdadeiramente com José. Quando a nossa ajuda terrena falha, nós estamos prontos para dar crédito a Deus. Se José tivesse sido chamado primeiro, é provável que os outros iriam dizer que poderiam dar a mesma interpretação.

O Copeiro Lembra de José (Gn 41.9-13): Este acontecimento ilustra muito bem Romanos 8.28. Se o copeiro tivesse se lembrado de José da primeira vez, os planos de Deus teriam sido frustrados. Não há dúvidas de que José tenha ficado triste e amargurado por ter sido esquecido por dois anos. Após este fato, ele deve ter se alegrado muito pela sabedoria de Deus. Vamos aprender a confiar em Deus em toda e qualquer situação (1Ts 5.18).

Humildade (Gn 41.14-16): Somente as aflições podem nos preparar para o serviço de Deus. No tempo determinado por Deus, após anos de escravidão, José é colocado diante do Faraó. Ele é um crente maduro, estando acima da bajulação ou do engano de confiar em si próprio. Ele dá todo o crédito e glória a Deus. Humildade e confiança no poder de Deus é uma marca que distingui Seus servos.

A Interpretação dos Sonhos (Gn 41.17-32): José explicou que ambos os sonhos tinham a mesma interpretação. Deus estava mostrando á Faraó o que Ele estava prestes a fazer. As sete vacas gordas e as sete espigas boas representavam sete anos de fartura. As sete vacas magras e as sete espigas miúdas representam sete anos de fome. Note como todos são vistos saindo do rio Nilo. O Egito visto de cima parece um vasto deserto atravessado por uma faixa verde. Sua agricultura não dependia das chuvas, mas do transbordamento anual do Nilo, que regava e enriquecia plenamente as campinas ao redor dele. Houve ocasiões em que o Nilo não transbordou o suficiente. Isto ocorreu devido a falta de chuvas rio acima ou pela mudança temporária no canal do Nilo Branco, que alimentava o Nilo. Em outras ocasiões, o Nilo transbordou tanto, que quando as águas baixaram a estação de plantio estava perdida. Qualquer uma destas situações poderia provocar a fome. Em anos bons, o Nilo podia produzir uma safra abundante, mas em anos maus, nem uma espiga sequer. Sete anos sem nada, ou sete anos de inundação, seriam um desastre. Notemos duas verdades contidas aqui: 1- A verdadeira profecia vem somente de Deus (Is 41.21-23). 2- Deus controla as economias das nações. 3- Deus controla as nações deste mundo para o bem dos Seus eleitos.

O Conselho de José para o Faraó (Gn 41.33-36): José, movido pela vontade de Deus, dá conselhos ao Faraó. Sem dúvida nenhuma o Faraó percebeu que José não falou com orgulho, mas através da sabedoria divina. Muitos são tentados a pensar que o plano de José era cruel para com o povo do Egito. Vamos lembrar algumas coisas: 1- José recebeu este plano por intermédio da iluminação profética vinda de Deus, salvando o Egito e Canaã da fome. 2- Nós pagamos muito mais do que vinte por cento de impostos ao governo. 3- Se o governo tivesse distribuído os grãos durante os anos de fome, certamente haveria muito desperdício. Esmolas raramente são uma boa idéia. Em razão do povo não ter aumento em anos de fome, a venda de grãos servia para sustento do governo.

José é Exaltado (Gn 41.37-44): Esta é uma das mais extraordinárias mudanças vista na história. José em um dia é visto como um desconhecido prisioneiro estrangeiro, e no outro, como o segundo no comando de uma das maiores nações da terra.
Faraó entendeu que Deus havia colocado José naquela posição. Os estudantes da Bíblia têm visto aqui uma figura da exaltação de Cristo como Salvador do mundo. Como José governou para que Israel pudesse ser salvo, assim Cristo foi exaltado a fim de que o pão da vida pudesse ser dado (Ef 1.15-23, At 2.33). Na vida de ambos o sofrimento antecedeu a glória. Somente através do sofrimento é que eles foram colocados em uma posição de abençoar a outros (2Co 8.9).

Um Novo Nome (Gn 41.45-49): Muitos crêem que o novo nome de José significava "Salvador do Mundo". Podemos ver como isto era apropriado, pois ele foi o homem que salvou o mundo civilizado de morrer de fome. Quanto mais e melhor este título pertence ao Salvador (Ap 5.9). Na tentativa de fazer José ser mais aceito pela nação, Faraó lhe deu a filha de um dos sacerdotes do alto escalão como esposa. Nós apenas podemos supor que José a levou ao conhecimento e adoração do Deus verdadeiro. Os nomes dos seus filhos parecem indicar isto, pois ambos tinham o nome de Deus. Nos vers 46-49 vemos José colocando em pratica o que Deus colocou em seu coração.

Um Testemunho Para Deus (Gn 41.50-52): Deus abençoou José com dois filhos. Ambos receberam nomes que testificavam da fidelidade dele para com Deus. José era um homem consagrado que viu a mão de Deus em todas as áreas de sua vida. Note que estes dois jovens foram mais tarde “adotados” por Jacó e se tornaram pais de duas tribos de Israel.


A Fome (Gn 41.53-57): Aqui a segunda parte dos sonhos proféticos é cumprida. Somente por causa do conhecimento de José, é que o Egito e os países vizinhos foram salvos. Esta fome foi a maneira pela qual Deus fez Israel e os outros descerem ao Egito. Deus, ao preservar Israel, fez com que os outros fossem alimentados também. Como os caminhos de Deus são estranhos aos nossos olhos. A presença neste mundo do povo eleito de Deus, traz muitos benefícios (Mt 5.13).

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