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sexta-feira, 3 de julho de 2009

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE GÊNESIS - XLVII

UMA REFORMA RELIGIOSO NA FAMILIA DE JACÓ; A MORTE DE DEBORA, RAQUEL E ISAQUE (Gn 35)

Em Gênesis 28:10-22, lemos a respeito da visão e do voto de Jacó em Betel. Betel literalmente significa "a casa de Deus". Infelizmente, parece que Jacó se esqueceu ou negligenciou o seu voto. Ele permaneceu em Canaã por vários anos, e não tinha retornado para Betel ainda. O declínio espiritual parece ser uma tendência natural nos santos e na igreja. Somente a graça pode nos salvar e guardar de tropeçar.

Deus Vivifica o Seu Povo (Gn 35.1-4): A mão de Deus muitas vezes pesa sobre a vida de Seus filhos, a fim de despertá-los do seu estado de complacência espiritual (Hb 12.6 e 11). Os fatos ocorridos no capítulo 31 mexeram com Jacó e o preocuparam. A partir dali Deus lhe deu uma nova direção. Note os efeitos do reavivamento na vida de Jacó:

A. A lembrança do relacionamento anterior com Deus [vers. 1 e 3]. Jacó relembra a sua conversão e as circunstâncias que o levaram ao encontro com Deus. No reavivamento, os santos recordam e recebam novamente a alegria, a maravilha e a humildade da salvação de Deus (Sl 85.6; 51.12). B. A renovação do interesse pelos outros [vers. 2-3]. Quando Jacó estava espiritualmente renovado, ele começou a se interessar pelas almas de sua família. C. O retorno a pureza espiritual [vers. 2-4]. Quando os santos se afastam de Deus, o mundanismo começa a brotar, e até mesmo a idolatria passa a ser tolerada. Nós Cristãos devemos lutar para termos lares consagrados. Precisamos agir, vestir e falar de maneira cristã. Os lugares que freqüentamos e nos divertimos não devem desagradar a Deus. Nossos filhos devem ver, através de nós, que o padrão do mundo não é o padrão dos filhos de Deus. (Brincos no mundo antigo muitas vezes tinham uma conexão com a idolatria. Isto nem sempre era assim, como vemos em Gênesis 24.22. Quando alguma coisa é errada, deveríamos estar dispostos a nos desfazer delas, a despeito do seu valor monetário. Isto é exemplificado aqui e ensinado em Deuteronômio 7.25). D. A restauração pelo prazer de estar na casa de Deus [vers. 3]. Quando os filhos de Deus são vivificados, o interesse deles pela casa de Deus é renovado (Sl 27.4). Anteriormente, Jacó havia adorado a Deus como "Deus de Israel" (Gn 33.20). Vamos lembrar que "Israel" foi o nome que Jacó ganhou, e que nos ensina alguma coisa a respeito do seu estado espiritual. Quando pensamos em Deus, somente para o nosso benefício pessoal, estamos desviados. Após ser reavivado, Jacó adorou a Deus como o "Deus de Betel" [vers. 7]. Ele começou a pensar em Deus com relação a Sua casa. A glória de Deus e o Seu povo se tornam o interesse daqueles que se aproximam do Senhor. A verdadeira espiritualidade nunca se esquece que Deus tem uma família e uma igreja. Cristo nos ensinou a orar "Pai nosso" para que não venhamos a esquecer disso. O verdadeiro reavivamento fará com que a casa de Deus seja uma prioridade em nossa vida. A igreja é a casa de Deus hoje (1Tm 3.15).

Deus Protege Seu Povo (Gn 35.5): Deus pode usar muitos meios para proteger o Seu povo. Aqui Ele põe medo nos corações dos inimigos de Jacó. Por que deveríamos temer quando seguimos tal Deus?

Uma Triste Prova (Gn 35.6-8): Enquanto Jacó estava em Betel, a ama mais velha de Rebeca, vem a falecer. Sem dúvida ela era a mais antiga governanta de Jacó, e por isso, mui amada. Isso explica porque ela veio morar com eles. Ela foi sepultada ao pé de um carvalho que passou a se chamar "o carvalho do choro".

A lição aqui é muito clara: Nem o reavivamento, nem a nossa espiritualidade, nos isentam das provações desta vida. Estas provas não somente despertam os santos da sonolência, como também aprofundam a espiritualidade daqueles que aspiram por Deus (Tg 1.2-4). Nós aprendemos a confiar nas promessas de Deus e experimentar a paz em Cristo, mesmo durante nossas provações.

As Promessas de Deus (Gn 35.9-15): Enquanto Jacó estava em Betel, Deus apareceu para ele e renovou as Suas promessas. Jacó foi assegurado de que as promessas feitas a Abraão e Isaque também pertenciam a ele. Sendo assim, Jacó respondeu com uma adoração pública e um memorial a presença de Deus.

Muitos podem dizer que encontraram Deus pela primeira vez na igreja. Eles também podem testificar, que a partir dali, Deus tem lhes falado muitas vezes através da pregação da Palavra. Que nós possamos oferecer sacrifícios espirituais a Deus em nosso serviço prestado na igreja e através dela (1Pe 2.5; Fl 2.17 e 4.18). Este é o sentido espiritual do versículo 14. A coluna designou o lugar como a casa de Deus. A oferta de libação representa o culto espiritual de Jacó a Deus. No texto Grego de Filipenses 2.17, Paulo compara sua vida com a oferta de libação derramada no serviço de Deus. O óleo representa a presença do Espírito Santo na igreja.

Outra Prova (Gn 35.16-20): Ao lermos esta passagem, é muito difícil esquecermos as palavras de Raquel em Gênesis 30:1. Vamos ter todo cuidado ao abrirmos nossas bocas. Nos seus últimos instantes de vida, Raquel deu o nome ao menino que lhe nascera de "filho da minha tristeza". Mas, Jacó sabiamente mudou para Benjamim, que significa "filho da minha mão direita" ou ainda “filho de esperança e encorajamento”. É interessante notar que tanto o nascimento quanto a morte ocorreram em Belém.

Devemos observar os seguintes pontos:

A. O velho testamento faz distinção entre o corpo e a alma. B. Alguns eventos de nossa vida podem ter implicações de longo alcance. Tanto o Rei Saul quanto o Apóstolo Paulo pertenciam à tribo de Benjamim. C. As provações algumas vezes vêm em grupo.

Mais Uma Decepção (Gn 35.21-22): Em determinado momento, Rúben, o filho mais velho, teve um romance com uma das mulheres de seu pai. Este ato de incesto causou um grande desgosto para Jacó e Deus. Infelizmente, este era um comportamento comum entre os Cananeus (Lv 18.8 e 27-28). As conseqüências foram muitas; Deus foi desonrado, Jacó ficou desgostoso, e Rúben e seus descendentes sofreram por causa disso (Gn 49.3-4).

Os Filhos de Jacó (Gn 35.22-26): Lembre-se que Jacó (Israel) foi o pai das doze tribos. Incluindo os filhos de José que foram adotados por Jacó (Gn 48.5), houve na realidade mais do que doze tribos. A razão disto é explicada em Gênesis 48:22. Isto nos ajuda a entender as variações existentes em diferentes listas encontradas na Bíblia a respeito das tribos.

Isaque Morre (Gn 35.27-29): Na verdade, a morte de Isaque ocorreu quinze anos após estes eventos. Entretanto, nos é relatada aqui para completar a história de Jacó, o qual, será mencionado novamente na história de José.

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